O que é Cannabis? Tire todas as dúvidas!

A cannabis, também conhecida como maconha, é uma planta de usos diversos, cultivada ao longo de milênios para finalidades que variam desde tratamentos medicinais e rituais espirituais até o uso recreativo e produção de fibras, como o cânhamo.
A versatilidade da cannabis é um reflexo de sua rica composição química e suas características botânicas únicas. Compostas por folhas, flores, caules e sementes, suas variedades apresentam uma gama de canabinoides, como THC e CBD, que são compostos químicos que interagem diretamente com o corpo humano, causando efeitos que podem alterar o estado físico e mental.
Abaixol, você pode conferir os tópicos abordados neste post:
- Qual a Aparência da Cannabis?
- Como a Cannabis é Consumida?
- O que São Canabinoides? THC e CBD
- O que é Cannabis Medicinal?
- Como ter Acesso à Cannabis Medicinal?
- Quais são os Efeitos da Cannabis?
- A Cannabis é Viciante?
- A Cannabis é Considerada Porta de Entrada para Outras Drogas?
- A Cannabis é Legalizada no Brasil?
Qual a Aparência da Cannabis?
A cannabis é uma planta, ou seja, a aparência dele pode mudar bastante ao longo da vida. Abaixo, vou definir a aparência da cannabis em diferentes estágios de sua vida!
Aparência das Sementes da Cannabis:
As sementes de maconha são pequenas e possuem uma aparência arredondada e levemente oval. Elas apresentam uma coloração que varia do marrom claro ao marrom escuro, frequentemente com pequenas listras ou manchas que criam um padrão característico na casca. Essa casca é dura e protege o embrião da planta, essencial para garantir a germinação e o crescimento saudável.
Além disso, as sementes de cannabis possuem um tamanho semelhante a grãos de pimenta ou pequenas ervilhas. Existem lojas brasileiras que vendem sementes de cannabis, como a Flora Urbana!

Aparência das Folhas de Cannabis:
As folhas da cannabis são longas e finas, caracterizadas por seu formato icônico em serrilha, com bordas recortadas. Elas crescem em grupos de cinco a sete folíolos (às vezes até nove em algumas variedades), criando uma aparência de “mão aberta”, uma característica facilmente identificável.
A cor das folhas varia de acordo com a espécie e o ambiente de cultivo, podendo ir do verde vibrante ao verde escuro, e em alguns casos, apresentando coloração arroxeadas ou azuladas em climas mais frios ou devido a características genéticas específicas.

Aparência das Flores de Cannabis:
Apesar das folhas serem a parte mais conhecida da maconha, não são elas que possuem os compostos químicos de uso medicinal e recreativo, mas sim as flores. Elas são a parte mais desejada da planta devido à sua concentração de canabinoides e terpenos, responsáveis pelos efeitos e aromas característicos da maconha.
As flores de cannabis têm uma aparência densa e compacta, composta por pistilos (pequenos fios que podem ter colorações como laranja, marrom ou roxo) e tricomas, que são minúsculas glândulas resinosas brilhantes que cobrem toda a superfície da flor. Estes tricomas são responsáveis por produzir e armazenar os compostos ativos, incluindo THC e CBD, e conferem à flor uma aparência pegajosa e cristalina.
As cores das flores podem variar bastante, dependendo da variedade e das condições de cultivo. Elas podem exibir tonalidades que vão do verde claro ao verde escuro, além de, em algumas variedades, apresentarem matizes de roxo, rosa ou até azul, especialmente quando expostas a temperaturas mais frias ou técnicas específicas de cultivo.
Além disso, as flores de cannabis exalam um aroma forte e complexo, que varia entre tons doces, frutados, terrosos, cítricos ou até picantes. Esse perfil aromático é determinado pela combinação de terpenos presentes, como o limoneno, que é presente em frutas cítricas, contribuindo não só para o cheiro, mas também para os efeitos terapêuticos e a experiência sensorial da planta.

Aparência da Cannabis Encontrada no Brasil: maconha prensada
Devido à criminalização da cannabis no Brasil, a maconha que circula no país possui uma aparência e qualidade diferentes das encontradas em locais onde o cultivo e o transporte são legalizados. A necessidade de transporte clandestino leva a condições inadequadas de armazenamento e higiene.
Para reduzir o volume e facilitar o transporte, a planta passa por um processo de prensagem nas fazendas do tráfico, geralmente localizadas no Paraguai. Esse método impacta negativamente a qualidade visual, o aroma e a potência dos compostos ativos, como THC e CBD.
A maconha prensada apresenta-se em blocos densos e compactos, com uma coloração opaca que varia entre o marrom escuro, verde-oliva e, em alguns casos, amarelado ou até preto. A aparência pode ser afetada pelo tempo de armazenamento e pela exposição ao oxigênio, luz e umidade, o que também contribui para a perda de qualidade. O prensado frequentemente contém caules, folhas, sementes e até partes de insetos misturadas às flores, o que prejudica ainda mais a qualidade do fumo.
O aroma da maconha prensada é menos intenso e fresco devido à degradação dos terpenos, compostos responsáveis pelo cheiro característico da planta. Em vez disso, o prensado tende a exalar um odor terroso e envelhecido, que lembra palha ou material orgânico mofado, evidenciando sua menor qualidade em relação às flores de cannabis in natura.

Como a Cannabis é Consumida?
A cannabis pode ser consumida de várias maneiras, adaptadas conforme as preferências e os efeitos desejados pelo usuário. Essas diferentes formas de consumo permitem que a cannabis seja utilizada para fins recreativos e terapêuticos, com cada método podendo ser ajustado conforme a dosagem e o tipo de efeito desejado pelo usuário.
Cigarros e Cachimbos
O método mais comum é a inalação de fumaça, onde a maconha é enrolada em um cigarro (conhecido como “baseado”) ou consumida em cachimbos, bongs e vaporizadores. O material utilizado para fumar normalmente consiste na flor seca de cannabis ou o concentrado de resina (também conhecido como “haxixe”).
O uso de vaporizadores eletrônicos proporciona uma experiência sem combustão direta, o que reduz a irritação do sistema respiratório e permite uma experiência mais suave.

Consumo por Ingestão
Além da inalação, a cannabis pode ser ingerida através de comestíveis, como bolos, balas e bebidas. Alguns desses produtos infundidos com cannabis demoram de uma a três horas para produzir efeitos, mas oferecem uma duração mais prolongada em comparação com outros métodos de consumo. Devido ao tempo de espera para os efeitos, é importante que os usuários sejam cuidadosos com a dosagem para evitar consumo excessivo.

Óleo de Cannabis para Uso Medicinal
O óleo de cannabis é utilizado tanto para fins terapêuticos quanto recreativos devido à sua alta concentração de canabinoides, especialmente o THC e o CBD. Aplicado geralmente sob a língua (sublingual) ou misturado a alimentos e bebidas, o óleo oferece uma absorção rápida e precisa desses compostos ativos. O óleo de cannabis é uma alternativa discreta e prática, especialmente para quem prefere evitar a inalação.
A produção do óleo de cannabis medicinal é muito simples, podendo ser feita em casa com poucos ingredientes. Clique aqui para aprender como fazer seu óleo de cannabis!

Uso Tópico da Cannabis
O uso tópico de cannabis envolve a aplicação direta de loções, cremes e pomadas infundidas com canabinoides na pele, permitindo que os compostos ativos, como CBD e THC, atuem de forma localizada. Esse método é comumente utilizado para aliviar dores musculares, reduzir inflamações e tratar condições dermatológicas como eczema e psoríase. Por não entrar na corrente sanguínea de forma significativa, o uso tópico oferece os benefícios terapêuticos da cannabis sem os efeitos psicoativos, tornando-o uma opção popular para quem busca alívio direto e não invasivo.

Como a Cannabis é Absorvida pelo Corpo?
A cannabis é absorvida pelo corpo humano de diferentes formas, com variações nos efeitos dependendo da via de consumo utilizada. Os métodos mais comuns incluem a inalação, ingestão e aplicação tópica. Quando inalada, os compostos ativos, como o THC e o CBD, entram rapidamente na corrente sanguínea através dos pulmões, produzindo efeitos quase imediatos, em questão de minutos.
Já na ingestão oral, a cannabis passa primeiro pelo trato digestivo e, em seguida, pelo fígado antes de atingir a circulação sanguínea. Esse processo retarda o início dos efeitos, mas prolonga sua duração, tornando-o um método popular para uso terapêutico de longo prazo.
O que São Canabinoides? THC e CBD
Os canabinoides são compostos químicos naturais, encontrados principalmente na planta de cannabis, que interagem diretamente com o Sistema Endocanabinoide presente no corpo humano. Esses compostos são responsáveis por muitos dos efeitos terapêuticos e recreativos associados ao consumo da cannabis.
A principal diferença entre os dois canabinoides é que o THC possui efeitos psicoativos potentes, ou seja, é responsável pelo efeito de “ficar chapado”. Já o CBD é considerado anti-psicoativo, atuando no controle ou moderação da “onda” provocada pelo THC. Além disso, acredita-se que o CBD ajuda a reduzir alguns dos efeitos adversos associados ao THC, como a ansiedade.
Além desses dois, a cannabis possui cerca de 130 outros canabinoides, como o delta-8 THC, delta-10 THC, THCV, CBN e CBG, e mais 300 substâncias não canabinoides, como os terpenos.
O que é Sistema Endocanabinoide?
Os compostos da cannabis, como o THC e CBD, atuam diretamente no Sistema Endocanabinoide, que é um sistema regulador natural do corpo humano, essencial para diversas funções fisiológicas, como a regulação dos hormônios do sono. Esse sistema é composto pelos receptores CB1, presente majoritariamente no sistema nervoso central, e o CB2, encontrado no sistema imunológico e em outros órgãos.
Quando os canabinoides da cannabis se ligam a esses receptores, eles auxiliam na regulação de funções importantes, incluindo o controle da dor, o humor, o apetite e na resposta imunológica. Essa interação é a base para os efeitos terapêuticos da cannabis, com estudos científicos evidenciando a relevância do sistema endocanabinoide no alívio de sintomas em várias condições de saúde.

O que é THC?
O THC, ou tetrahidrocanabinol, é um dos principais compostos psicoativos encontrados na planta de cannabis, responsável pelos efeitos que alteram a percepção e o humor. O tipo mais comum é o delta-9-THC, que interage com o sistema endocanabinoide do corpo humano, especialmente com os receptores CB1 no cérebro, causando sensações como euforia, relaxamento e alterações nos sentidos.
O THC é utilizado tanto para o alívio de dores crônicas, náuseas e espasmos musculares quanto para a promoção de apetite em tratamentos médicos. No entanto, é importante notar que, por ser psicoativo, o uso do THC pode causar efeitos colaterais como ansiedade, boca seca e, em doses elevadas, até mesmo paranoia. Sua potência e efeitos variam conforme a dose, a forma de consumo e a tolerância do usuário.

O que é CBD?
O CBD, ou canabidiol, é outro dos principais canabinoides encontrados na planta de cannabis. Diferente do THC, o CBD não é psicoativo, o que significa que seu uso não causa o “barato” associado ao consumo recreativo da cannabis. Esse composto tem ganhado destaque pelo seu potencial terapêutico, com estudos indicando propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas, analgésicas e neuroprotetoras.
O CBD atua interagindo principalmente com o receptor CB2 do Sistema Endocanabinoide, ajudando a regular funções vitais, como sono, humor e resposta imunológica. Ao se ligar a receptores específicos, o CBD modula essas funções sem causar os efeitos psicoativos associados ao THC. Essa ação indireta é uma das razões pelas quais o CBD é amplamente aceito e utilizado em tratamentos terapêuticos.

Canabinoides Sintéticos: Riscos à Saúde
Os canabinoides sintéticos, como o Spice e o K2, são compostos criados em laboratório para imitar os efeitos dos canabinoides naturais encontrados na planta de cannabis. Embora esses compostos sintéticos tenham uma estrutura semelhante à dos canabinoides naturais, eles são significativamente mais potentes e podem apresentar perigos graves à saúde.
Estudos e relatos clínicos indicam que o uso de canabinoides sintéticos está associado a uma série de efeitos adversos, incluindo problemas cardíacos, dificuldades respiratórias e, em alguns casos, efeitos psicóticos agudos. Esses riscos fazem dos canabinoides sintéticos uma preocupação de saúde pública, especialmente entre usuários que buscam alternativas artificiais à cannabis natural.
O que são Terpenos: compostos aromáticos e terapêuticos
Além dos canabinoides, a cannabis é rica em terpenos, que são compostos responsáveis pelo aroma característico da planta. Alguns estudos indicam que os terpenos podem potencializar os efeitos dos canabinoides, fenômeno conhecido como Efeito Entourage.
Entre os terpenos mais famosos estão o mirceno, que possui aroma terroso; o limoneno, com notas cítricas; e o pineno, que lembra o cheiro de pinho.
O que é Cannabis Medicinal?
A cannabis medicinal refere-se ao uso terapêutico de componentes da planta de cannabis, em particular os canabinoides, como THC (tetra-hidrocanabinol) e CBD (canabidiol), para tratar condições específicas de saúde e sintomas resistentes a tratamentos convencionais. Ao contrário do uso recreativo, que visa somente efeitos para lazer, a cannabis medicinal é prescrita para alívio sintomático, geralmente sem dar o “barato” da associado à maconha.
Diferenças entre Cannabis Medicinal e Recreativa
A distinção entre cannabis medicinal e recreativa reside nos objetivos de uso e na regulamentação. O uso da cannabis recreativa geralmente busca efeitos psicoativos e euforia, enquanto o uso da cannabis medicinal é prescrito para o alívio de sintomas associados a condições crônicas ou terminais. A cannabis medicinal também é frequentemente padronizada quanto à concentração de canabinoides, garantindo previsibilidade e segurança para pacientes e médicos. Recomendamos que você entre em contato com um médico prescritor de cannabis antes de utilizar a cannabis para fins terapêuticos.

Benefícios da Cannabis Medicinal: evidências científicas
Estudos científicos apontam resultados promissores para a cannabis medicinal em várias condições de saúde:
- Dor Crônica: Pesquisas indicam que os canabinoides podem ajudar na redução da dor neuropática, com diminuição média de 30% na percepção de dor em alguns pacientes.
- Ajuda a Diminuir o uso de Opioides: Há indícios de que o THC, quando usado com opioides, pode ajudar a controlar a dor com doses menores de opioides, embora os resultados em humanos ainda sejam inconsistentes.
- Ansiolítica e Antidepressiva: Estudos sugerem que o CBD auxilia na redução de ansiedade e sintomas depressivos.
- Anticonvulsivante: O uso de CBD pode reduzir crises em casos de epilepsia, como nas síndromes de Lennox-Gastaut e Dravet.
- Glaucoma: Estudos indicam que a cannabis pode reduzir temporariamente a pressão intraocular no glaucoma, mas é menos eficaz e duradoura que tratamentos convencionais.
- Sintomas do HIV / AIDS: O dronabinol pode ajudar a estimular o apetite e combater a perda de peso em pessoas com HIV/AIDS, embora as evidências gerais ainda sejam limitadas.
- Anti-inflamatória: A cannabis é potencialmente eficaz em doenças autoimunes e inflamatórias, como artrite reumatoide.
- Doença Inflamatória Intestinal: Estudos sobre o uso de cannabis para doenças inflamatórias intestinais, como Crohn e colite ulcerativa, mostraram melhorias em alguns sintomas, mas sem efeitos significativos na remissão e com riscos de efeitos colaterais.
- Auxílio em Náusea e Vômito: A cannabis pode aliviar sintomas de náusea e vômito, especialmente para pacientes em quimioterapia, com prescrição de medicamentos derivados do THC, como dronabinol e nabilona.
- Esclerose Múltipla: Produtos como o Sativex (nabiximols), que combina THC e CBD, podem ser utilizados para aliviar espasticidade e dor em pacientes com esclerose múltipla.
- Problemas no Sono: Estudos sugerem que a cannabis pode melhorar a qualidade do sono e reduzir o tempo para adormecer em pessoas com condições de saúde, embora não esteja claro se os efeitos são diretos ou secundários ao alívio dos sintomas.
Tipos de Produtos de Cannabis Medicinal
Existem três categorias principais de produtos de cannabis medicinal:
- Farmacêuticos Aprovados: Incluem medicamentos aprovados pela ANVISA.
- Uso de Cannabis Regulamentada: Produtos de cannabis com controle de qualidade, como os obtidos em associações de cultivo e através da importação.
- Uso de Cannabis Não Regulamentada: Utilizada de forma informal por algumas pessoas, porém sem regulamentação e controle de qualidade.
Métodos de Administração da Cannabis Medicinal
A eficácia da cannabis medicinal depende do método de administração escolhido:
- Óleo e Cápsulas: Oferecem dosagem precisa e absorção mais lenta, com efeitos prolongados.
- Sprays Orais: Produtos que garantem absorção rápida e controle de dosagem mais preciso.
- Produtos Tópicos: Cremes e pomadas aplicados diretamente na pele, eficazes para tratar inflamações localizadas.

Por que Fumar Cannabis para Uso Medicinal Não é Recomendado
O fumo não é recomendado como método de administração de cannabis medicinal por ser prejudicial à saúde, expondo o usuário a substâncias cancerígenas presentes também no tabaco. Além disso, o fumo compromete a precisão da dosagem, dificultando o controle seguro do tratamento. Apesar disso, a inalação da fumaça de maconha ainda é uma das formas mais comuns de uso medicinal.
Desafios e Considerações no Uso Medicinal da Cannabis
Embora a cannabis medicinal ofereça benefícios, ela também apresenta alguns desafios:
- Efeitos Colaterais: Pacientes relatam sintomas como tontura, sonolência e boca seca.
- Interações Medicamentosas: A cannabis pode interagir com outras medicações, especialmente aquelas que afetam o sistema nervoso central.
- Necessidade de Mais Pesquisas: Apesar dos avanços, muitas indicações carecem de estudos robustos para conclusões definitivas.
Com o interesse crescente no uso medicinal da cannabis, vários países, incluindo o Brasil, estão avançando na regulamentação para permitir o acesso seguro e controlado. A conscientização sobre os benefícios e riscos da cannabis medicinal é fundamental para um uso responsável e informado.
Como ter Acesso à Cannabis Medicinal?
A obtenção de cannabis medicinal no Brasil é viabilizada por métodos regulamentados que vêm ganhando espaço. As opções de acesso são diversas, atendendo diferentes perfis de pacientes e necessidades médicas. As vias principais incluem importação, compra em farmácias, acesso por associações, além de permissão judicial para cultivo residencial. Veja abaixo as principais formas detalhadas de acessar a cannabis medicinal no país.
Prescrição Médica: o passo inicial
Todo processo para adquirir cannabis medicinal no Brasil começa com uma prescrição médica emitida por um profissional capacitado. O médico avalia a condição de saúde do paciente e, ao confirmar a necessidade terapêutica, emite uma receita específica para produtos à base de canabidiol (CBD) ou tetrahidrocanabinol (THC), quando indicados.
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Importação de Produtos de Cannabis Medicinal
A importação é uma das alternativas mais comuns para o acesso à cannabis medicinal, especialmente devido à ampla variedade de produtos oferecidos internacionalmente. Para isso, o paciente deve solicitar autorização para importação de medicamentos no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conforme a RDC nº 335/2020. Após a aprovação, válida por dois anos, é possível realizar a importação diretamente ou com apoio de empresas especializadas no setor.
Compra em Farmácias Autorizadas
Desde 2021, farmácias brasileiras autorizadas pela Anvisa vendem produtos à base de cannabis, principalmente compostos de CBD. Essa opção é prática, porém, pode ser mais cara, com preços variando conforme a formulação e fabricante. A quantidade de produtos disponíveis é limitada pelas regulamentações atuais, oferecendo menos opções em comparação aos produtos importados.
Associações de Pacientes
Associações de pacientes medicinais, como Abrace Esperança, Flor da Vida e Santa Cannabis, oferecem alternativas acessíveis para o tratamento com cannabis medicinal. Essas associações têm autorizações judiciais para cultivar e produzir óleos, e muitas vezes oferecem programas de apoio social, com produtos a preços reduzidos ou gratuitos para pacientes com condições econômicas limitadas.
Acesso Gratuito Via Sistema Único de Saúde (SUS) e Planos de Saúde
Em alguns casos, é possível conseguir cannabis medicinal gratuitamente pelo SUS ou por planos de saúde. No entanto, a obtenção geralmente requer uma decisão judicial, que pode ser iniciada com um pedido formal.
Cultivo Doméstico Mediante Autorização Judicial
Pacientes com autorização judicial podem cultivar cannabis em casa para extração de óleo artesanal. Esse processo é juridicamente amparado por um habeas corpus preventivo, protegendo o paciente de penalidades legais. No entanto, o processo requer suporte legal, podendo envolver tempo e custos adicionais. Um desses custos adicionais pode incluir a necessidade de que o paciente comprove ao judiciário que está apto a cultivar e processar a cannabis de maneira segura e responsável.
Por esse motivo, realizar um curso de cultivo de cannabis torna-se essencial para quem busca obter um Habeas Corpus. Esses cursos oferecem conhecimento aprofundado sobre todo o processo de cultivo, desde o plantio até a extração de óleo. Ao capacitar o paciente, os cursos reforçam a preparação necessária para demonstrar responsabilidade e conhecimento técnico ao juiz, elementos que aumentam a chance de aprovação do habeas corpus. Com o domínio sobre as habilidades de cultivo, o paciente evidencia a legitimidade do pedido ao judiciário.
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Quais são os Efeitos da Cannabis?
O consumo de cannabis produz uma ampla gama de efeitos, que podem ser de curto ou longo prazo e variam conforme a quantidade consumida, a potência do produto, o método de ingestão e fatores individuais, como idade, saúde e experiência prévia. Esses efeitos abrangem aspectos físicos e psicológicos, influenciando diretamente o comportamento e a percepção do usuário. Ao fumar, a maconha faz efeito de forma praticamente instantânea, atingindo o pico cerca de 10 minutos após o consumo. Geralmente, os efeitos da maconha duram de 1 a 3 horas, embora possam durar até 8 horas.
Efeitos de Curto Prazo
A cannabis é conhecida por induzir sensações de euforia e relaxamento, que são especialmente valorizadas em seu uso recreativo. Durante o efeito, é comum que o usuário experimente uma intensificação dos sentidos, percebendo cores, sons e texturas de forma mais viva, bem como uma distorção na percepção do tempo, onde minutos podem parecer horas.
Esses efeitos, porém, variam significativamente entre os usuários. Para algumas pessoas, especialmente iniciantes ou aquelas mais sensíveis ao THC, o consumo de maconha pode causar:
- Ansiedade
- Medo
- Desconfiança
- Pânico
- Paranoia
- Alucinações leves
Fisicamente, a cannabis pode causar:
- Boca seca
- Olhos vermelhos
- Aumento da frequência cardíaca
- Aumento do apetite, popularmente conhecido como “larica”.
- Prejudica reflexos e capacidade motora, o que aumenta o risco de acidentes ao dirigir ou operar máquinas.
- Impacto na memória de curto prazo, dificultando tarefas que exigem concentração e raciocínio.

O Uso de Cannabis Afeta a Capacidade de Dirigir?
Estudos mostram que o consumo de cannabis pode prejudicar a capacidade de conduzir veículos, comprometendo habilidades motoras e de julgamento. As substâncias da cannabis são as mais comumente detectadas no sangue de motoristas americanos envolvidos em acidentes de trânsito, inclusive os fatais.
Diversas análises indicam que o risco de envolvimento em colisões aumenta após o uso de cannabis. No entanto, um estudo da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA) não observou um aumento significativo no risco de acidentes diretamente associado ao uso de cannabis.
O Uso de Cannabis pode Causar Overdose?
Não existem registros de mortes por overdose de maconha. Após o uso, a cannabis demora cerca de 1 dia para sair do corpo humano. Ou seja, se alguém consumir cannabis e tiver efeitos físicos adversos, eles devem parar de ser sentidos em cerca de 1 dia.
Efeitos de Longo Prazo
O uso frequente e prolongado de cannabis pode levar ao desenvolvimento de tolerância e dependência, o que significa que o usuário precisa de doses progressivamente maiores para alcançar os mesmos efeitos. A interrupção do uso em usuários de longo prazo pode causar sintomas de abstinência, incluindo irritabilidade, insônia, diminuição do apetite e ansiedade.
Efeitos na Saúde Respiratória
O consumo de cannabis através da fumaça expõe o usuário a substâncias tóxicas e cancerígenas, semelhantes às encontradas no tabaco. Esses compostos podem causar inflamação das vias aéreas, bronquite crônica e resistência das vias respiratórias.
O consumo prolongado de cannabis fumada pode aumentar o risco de câncer de cabeça, pescoço e garganta, particularmente em usuários que também consomem tabaco. Esse risco é associado aos compostos cancerígenos presentes na fumaça da cannabis, embora mais pesquisas sejam necessárias para distinguir esses efeitos daqueles resultantes do consumo simultâneo de tabaco.
Efeitos Cardiovasculares e Gastrointestinais
No sistema cardiovascular, a cannabis pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, especialmente após o consumo. Alguns estudos sugerem que o uso prolongado pode elevar o risco de arritmias, derrames e infartos, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar essa associação e entender a influência de fatores de estilo de vida.
Em termos gastrointestinais, o uso prolongado de cannabis pode resultar na síndrome de hiperemese por canabinoide (CHS), caracterizada por náuseas, vômitos e dores abdominais após o uso frequente e em altas doses. Condições adicionais incluem refluxo ácido, pancreatite e, em casos extremos, úlceras pépticas.
Efeitos na Saúde Mental
O uso frequente ou intenso de cannabis está associado a diversos impactos negativos na saúde mental, especialmente nas áreas cognitivas e na predisposição a transtornos psicóticos. Estudos indicam que o consumo contínuo dessa substância pode prejudicar funções cognitivas essenciais, como aprendizado, memória, atenção, velocidade de processamento, coordenação motora e linguagem.
Além disso, há evidências de que a cannabis pode antecipar o início de psicose em indivíduos com predisposição genética para transtornos psicóticos, como a esquizofrenia, agravando os sintomas daqueles que já apresentam essas condições. Esse risco é especialmente alto em homens jovens, grupo em que a relação entre consumo elevado de cannabis e esquizofrenia se revela mais intensa.
Em doses elevadas, a intoxicação pela cannabis pode induzir episódios psicóticos temporários, e quem passa por essas experiências pode ter um risco aumentado de desenvolver transtornos psicóticos a longo prazo. Pesquisas também demonstram uma relação entre o uso de cannabis na adolescência e o aumento do risco de depressão, além de pensamentos e comportamentos suicidas, observados tanto em adolescentes quanto em veteranos de guerra nos Estados Unidos.
Embora indivíduos com transtornos mentais e sintomas relacionados sejam mais propensos ao uso de cannabis, fatores como genes, traumas e estresse também influenciam tanto a saúde mental quanto a predisposição ao uso de substâncias, incluindo a cannabis. Dada essa complexidade genética e ambiental, mais estudos longitudinais são necessários para compreender até que ponto a cannabis pode causar ou contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental em determinados grupos vulneráveis.
Efeitos da Cannabis Durante a Gravidez:
O uso de cannabis durante a gravidez pode causar diversos impactos negativos à saúde do bebê após o nascimento. Pesquisas associam o consumo de cannabis neste período a riscos como baixo peso ao nascer, parto prematuro, necessidade de hospitalização neonatal e até morte no primeiro ano de vida. Além disso, há evidências de que a exposição à cannabis pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto, apresentando riscos para a saúde mental e as funções cognitivas da criança ao longo do tempo.
Diante desses potenciais prejuízos, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas recomenda que os profissionais de saúde orientem as mulheres a evitarem o uso de cannabis enquanto tentam engravidar, durante a gestação e no período de amamentação.
Como o Uso de Cannabis Impacta Adolescentes?
A adolescência é uma fase essencial para o desenvolvimento cerebral, e o consumo de cannabis durante esse período pode provocar alterações no cérebro que resultam em efeitos prejudiciais a longo prazo. Estudos indicam que o uso regular e intenso de cannabis entre adolescentes está associado a déficits na memória de trabalho, na velocidade de processamento e na memória verbal, além de afetar negativamente o desempenho acadêmico.
Como o Uso de Cannabis Impacta os Adultos?
Nos últimos anos, o uso de cannabis nos EUA aumentou significativamente entre adultos com 50 anos ou mais, com o crescimento mais notável observado na faixa etária acima dos 65 anos. Estudos sugerem que esses adultos recorrem à cannabis principalmente para o tratamento de condições crônicas, incluindo dores musculoesqueléticas, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, câncer, glaucoma, doença de Parkinson e HIV/AIDS.
Pesquisas indicam que os efeitos da cannabis no cérebro de adultos mais velhos podem ser diferentes dos observados em adolescentes e jovens adultos. Além disso, a cannabis pode interagir com medicamentos comumente usados por essa faixa etária, como varfarina, opioides e benzodiazepínicos, potencializando ou reduzindo os efeitos desses medicamentos.
Quais são os Efeitos da Exposição Passiva à Fumaça de Cannabis?
A exposição passiva à fumaça de cannabis traz riscos semelhantes aos da fumaça passiva do tabaco, contendo toxinas, irritantes e agentes cancerígenos. Em certos ambientes, essa exposição pode até resultar em testes positivos para drogas em pessoas que não consumiram cannabis diretamente.
Quanto Tempo a Maconha fica no Sangue?
A presença de maconha no organismo varia conforme fatores como frequência de uso, concentração de THC, metabolismo e tipo de teste aplicado. Em média, a substância pode ser detectada no sangue por até 48 horas, na saliva por até três dias, na urina entre três a 30 dias (ou até 90 dias para usuários frequentes), e nos fios de cabelo, até 90 dias. O teste de urina é o mais comum e pode identificar o THC de forma eficaz, enquanto o teste de cabelo detecta o uso em longo prazo.
Para usuários esporádicos, o THC costuma sair do sistema em poucos dias. Já para quem usa maconha frequentemente, a substância tende a acumular no organismo, aumentando o tempo de detecção, especialmente porque o THC é armazenado nas células de gordura.
A Cannabis é Viciante?
O uso de cannabis pode levar ao desenvolvimento de dependência e causar impacto significativo na qualidade de vida do usuário. O consumo frequente e intenso de cannabis com THC pode levar ao desenvolvimento do transtorno por uso de cannabis, que é uma condição reconhecida como um transtorno de uso de substâncias.
Estudos sugerem que entre 22% e 30% dos usuários de cannabis podem desenvolver esse transtorno ao longo do tempo. A frequência do uso é um dos principais fatores de risco, embora outros aspectos, como o histórico familiar de uso de drogas, também influenciem o desenvolvimento desse transtorno.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), utilizado para diagnósticos psiquiátricos, define o TUC como um padrão de uso de cannabis que causa comprometimento ou sofrimento significativo. Para diagnosticar o transtorno, o indivíduo deve apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas em um período de 12 meses:
- Consumo em quantidades maiores ou por mais tempo do que o inicialmente planejado;
- Tentativas frustradas de reduzir ou controlar o uso;
- Tempo excessivo dedicado a obter, usar ou se recuperar dos efeitos da cannabis;
- Desejo intenso de consumir a substância;
- Persistência no uso mesmo com prejuízos nas atividades profissionais, escolares ou familiares;
- Abandono de atividades importantes para continuar o uso de cannabis;
- Uso em situações de risco, como ao dirigir ou operar máquinas;
- Persistência no uso apesar de problemas físicos ou psicológicos relacionados;
- Desenvolvimento de tolerância, necessitando de doses maiores para obter o mesmo efeito;
- Sintomas de abstinência ao tentar interromper o uso, como irritabilidade, insônia, diminuição do apetite, ansiedade e desejo intenso pela droga.
O transtorno por uso de cannabis é classificado como leve (dois ou três sintomas), moderado (quatro ou cinco sintomas) ou grave (seis ou mais sintomas). Pessoas que fazem uso diário de cannabis ou que começaram a consumir a substância na adolescência têm um risco ainda maior de desenvolver o TUC e de experimentar sintomas de abstinência ao suspender o consumo, incluindo irritabilidade e dificuldades para dormir.
A Cannabis pode Causar Abstinência?
O uso contínuo e intenso de cannabis pode resultar em sintomas de abstinência ao interromper ou reduzir significativamente o consumo, mesmo para indivíduos que não desenvolveram um transtorno por uso de cannabis (TUC). Pesquisas indicam que cerca de 12,1% dos usuários frequentes experimentam sintomas de abstinência quando suspendem o uso.
Os sintomas de abstinência de cannabis incluem:
- Irritabilidade
- Raiva
- Agressividade
- Ansiedade
- Inquietação
- Redução de apetite
- Perda de peso
- Depressão
- Insônia
Em alguns casos, o usuário também pode experimentar sonhos estranhos e perturbadores, dores de cabeça, sudorese excessiva, dores abdominais e tremores. Esses sintomas ocorrem porque, após o uso prolongado, o organismo se adapta à presença regular dos canabinoides, e, ao cessar o consumo, o corpo precisa se reajustar para funcionar sem eles.Embora a maioria dos sintomas de abstinência dure, geralmente, apenas uma semana, a qualidade do sono pode permanecer afetada por um período mais prolongado, com alguns usuários relatando distúrbios de sono e pesadelos recorrentes. Dada a natureza desses sintomas, é recomendável consultar um profissional de saúde para orientação, especialmente para aqueles que encontram dificuldades em lidar com os sintomas de abstinência após o uso prolongado e frequente de cannabis.
A Cannabis é Considerada Porta de Entrada para Outras Drogas?
Produtos de cannabis, junto com o álcool e o tabaco, estão entre as primeiras substâncias que uma pessoa tende a experimentar na vida, sendo as mais comuns entre usuários de outras substâncias. Contudo, a maioria das pessoas que consome ou já consumiu cannabis não acaba por utilizar outras drogas ao longo da vida.
Embora o consumo de cannabis não leve a outros tipos de drogas na maioria dos casos, os fatores de risco para seu uso são semelhantes aos de substâncias com potencial de dependência. Estudos mostram que o uso regular de cannabis em idades mais jovens está associado ao aumento do risco de desenvolver um transtorno por uso de cannabis na vida adulta. O consumo precoce também pode causar mudanças no cérebro que tornam o indivíduo mais suscetível a dependências de outras drogas.
A Cannabis é Legalizada no Brasil?
Não! A maconha não é legalizada no Brasil. Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada em junho de 2024 descriminalizar o porte de até 40 gramas ou o cultivo de até seis plantas fêmeas de cannabis para uso pessoal, ainda há muitos aspectos legais pendentes para uma regulamentação completa da substância no país.
Essa decisão do STF possui o objetivo de definir parâmetros claros para diferenciar usuários de traficantes com base no Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). A partir de agora, embora portar pequenas quantidades de cannabis não seja mais tratado como crime, a venda e o cultivo permanecem ilegais. A substância ainda é considerada ilícita, e sanções administrativas podem ser aplicadas aos usuários.
Outro aspecto central do debate sobre legalização reside na possibilidade do uso medicinal da cannabis. Neste sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou a regulamentação de produtos à base de cannabis, incluindo fitofármacos como o canabidiol. No entanto, esses produtos ainda têm um custo elevado, dificultando o acesso de pacientes ao tratamento contínuo. A regulamentação do cultivo doméstico poderia reduzir custos, promovendo maior acessibilidade e justiça social no acesso à cannabis medicinal.
Em razão disso, a sexta turma do STJ decidiu, em junho de 2022, que não há tipo penal determinado para quem planta maconha para fins medicinais. Para comprovar o uso terapêutico da erva, é necessário apresentar um laudo diagnóstico e uma prescrição médica feita por profissionais competentes. Assim, a Corte determinou a “concessão de salvo-conduto a fim de que pessoas que buscam efetivar o direito à saúde não sejam indevidamente responsabilizadas criminalmente”. Caso você tenha interesse em cultivar cannabis para uso medicinal, recomendamos que entre em contato com a advogada Marianna Elluf, que é especialista na obtenção de salvo-conduto (habeas corpus) para cultivo!
Sobre o Autor:
Meu nome é Carlos Eduardo, paciente de Cannabis Medicinal e sócio fundador da Cultlight, empresa especializada em iluminação para horticultura e cultivo indoor. Pra quem já me conhece do Instagram ou do YouTube, eu sou o Cadu da Cultlight. Sou Engenheiro de Produção formado na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde pesquiso sobre de Cannabis, cultivo, produção e autoprodução, principalmente com o foco medicinal. Te convido a acompanhar nossos conteúdos nas redes sociais para ter acesso a mais dicas e conteúdos técnicos gratuitos sobre cultivo de maconha!

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Referências do Artigo:
National Institute on Drug Abuse