Começando seu Cultivo, Dicas de Cultivo

Cultivo Indoor de Cannabis: Guia Completo para Cultivar Maconha

O que é cannabis?

Quando falamos de cultivo indoor, estamos falando de plantar cannabis dentro de um ambiente controlado. Mas… Afinal, o que é cannabis? A cannabis sativa é uma planta utilizada para produção de remédios, alimentação,  confecção de tecidos, tratamento de condições físicas e mentais, além de ser utilizada para fins recreativos. Por sua incrível versatilidade, a maconha é cultivada há milênios, sendo uma das plantas mais adaptadas para as necessidades humanas.

Porém, se você clicou nessa página, você provavelmente já sabe disso. Então vamos ao que interessa que é te ensinar como plantar maconha em casa!

Legenda: Uma flor de maconha, principal parte da planta a ser utilizada em tratamentos medicinais.

A Cultlight pesquisou e produziu um guia inspirado em técnicas comprovadas cientificamente para você, que se interessa em montar um cultivo indoor mas não sabe como começar, ter um caminho tranquilo em sua jornada para produzir flores de qualidade e na quantidade correta para as suas demandas. 

O texto está dividido em diferentes sessões que, do início ao fim, te indicarão o passo a passo de como plantar maconha, mas sinta-se à vontade para pular etapas se você tiver uma dúvida específica!

Quanto custa um cultivo de cannabis indoor?

Plantar maconha é MUITO mais barato do que adquirir a erva por qualquer outro meio, como através de importação ou comprando em farmácias. Mesmo com o investimento inicial e com os gastos em energia elétrica, no período de 1 ano, o autocultivo de maconha é 68% mais econômico do que a outra forma mais barata de adquirir derivados da cannabis. Em 5 anos, a economia alcança os 85%.

Não acredita? Então vamos lá…

Em sua monografia realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Eduardo, CEO da Cultlight, fez a comparação entre diferentes métodos de conseguir maconha medicinal: importação, farmácias nacionais, associações de cultivo e autoprodução. Clica aí nos links pra ver quais lojas foram utilizadas no estudo!

A metodologia da pesquisa considera um paciente fictício que necessita de 12.000 mg mensais de canabidiol (em média 80 gramas de flor) para tratar os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

É importante salientar que cada tratamento requer uma quantidade específica de medicação para o paciente, receitada por um profissional de saúde. Para facilitar a compreensão, montamos um infográfico comparando os custos financeiros do tratamento anual desse paciente fictício num período de 5 anos:

Legenda: Gráfico de custos relacionados ao uso medicinal da cannabis.

Segundo o estudo, para cultivar maconha e fazer o tratamento médico durante o período de 1 ano, você não gastaria mais do que 12 mil reais. Enquanto isso, as outras formas de tratamento acabam gastando, no mínimo, quase o dobro do que o autocultivo.

Agora que já sabemos o que é maconha e quanto custa um tratamento medicinal, vamos direto ao assunto que te trouxe do Google até nosso blog: aqui está o passo a passo ensinando como plantar cannabis.

1ª Etapa: Como cultivar maconha legalmente?

O primeiro passo para iniciar seu cultivo de cannabis medicinal é solicitar à Justiça brasileira um Habeas Corpus (HC). Esse documento é considerado um remédio constitucional e garante a proteção do Estado para indivíduos que tenham sido presos ilegalmente ou que possuam sua liberdade ameaçada por abuso de poder ou ato ilegal.

Os textos legais determinam dois tipos de HC:

1) Repressivo, caso mais comum nos tribunais, ajuizado quando a prisão ilegal já ocorreu; e,

2) Preventivo, também chamado de “salvo-conduto”, para evitar que a coação ilegal da liberdade aconteça.

A pessoa que deseja adquirir proteção jurídica para cultivar maconha em casa deve solicitar à Justiça um Habeas Corpus preventivo, uma vez que o autocultivo de cannabis não é permitido no Brasil. Apesar de qualquer cidadão poder impetrar um Habeas Corpus, é preciso cumprir uma série de medidas e, por isso, se recomenda ser representado por advogado reconhecido pela OAB. 

Para iniciar sua jornada para conseguir um Habeas Corpus, a Cultlight recomenda a advogada expert em direito canábico Samantha Reis, também conhecida como Doutora Diamba! Ela é uma profissional do Direito comprometida em atender as necessidades de pacientes que utilizam a Cannabis como tratamento terapêutico em todo o território nacional. Ela já obteve sucesso em diversos casos de Habeas Corpus preventivo para autocultivo de cannabis medicinal.

Existe outro caminho gratuito para conseguir um Habeas Corpus, que é através da Defensoria Pública. Ela garante representação para cidadãos que não possuam condições financeiras de arcar com os custos de um advogado, mas a busca é grande e a espera para conseguir avançar com o processo é longa. 

Quanto á opção de contratar um advogado particular, eles normalmente cobram os honorários estipulados pelos valores mínimos estabelecidos na Tabela de Honorários da OAB de cada Estado. Para saber qual o valor no seu Estado, basta clicar aqui!

Abaixo, seguem listados os documentos necessários para adquirir um Habeas Corpus preventivo:

  • Receita médica para o tratamento à base de Cannabis;
  • Laudo Médico mostrando a importância do tratamento canábico para a saúde do paciente;
  • Pedido de Autorização da Anvisa para que o paciente possa importar as flores diretamente. Esse pedido é feito online, basta preencher corretamente e anexar os documentos exigidos;
  • É importante também demonstrar os valores do tratamento e apresentar o custo do medicamento para que o juiz possa entender que é financeiramente difícil manter seu tratamento com produtos importados e/ou de associações;
  • Cursos de cultivo e certificados que demonstrem a capacidade do paciente em produzir os medicamentos.

Fonte: Thais Morais

2ª Etapa: Qual semente de cannabis devo comprar?

A cannabis possui em sua composição química diversas substâncias terapêuticas, e uma quantidade cada vez maior de médicos utilizam essa planta para tratar condições como dores crônicas, ansiedade, náuseas, insônia, epilepsia, entre outras. 

As sementes de maconha carregam a genética da planta, o DNA, característica que define as concentrações das substâncias terapêuticas que servem para os tratamentos medicinais

Legenda: As sementes de cannabis são pequenas, ovaladas e se desenvolvem em uma variedade de tons terrosos.

Por isso, antes de definir qual semente comprar, é preciso se perguntar: qual condição física ou mental você pretende tratar?

Para entender do que estou falando, é necessário aprender um pouquinho sobre a biologia humana e como ela interage com a cannabis. Por sorte, a Cultlight é especialista nisso e vai explicar como funciona. Vamos lá!


Sistema Endocanabinoide:

Os mamíferos possuem no cérebro um sistema regulatório conhecido como Sistema Endocanabinoide. Esse conjunto possui receptores químicos chamados CB1 e CB2, responsáveis por processar os compostos da cannabis e mediar as relações entre órgãos e funções biológicas, como sono e apetite. 

Sim. Nosso corpo possui um sistema inteiramente dedicado a processar cannabis.

É por isso que a medicina está cada vez mais deixando preconceitos de lado e investindo em tratamentos baseados no uso medicinal da maconha. Abaixo, mostramos alguns exemplos das funções reguladoras dos receptores CB1 e CB2:

Legenda: Funções reguladoras do Sistema Endocanabinoide.

A cannabis é uma planta extremamente complexa, e até mesmo a ciência reluta em bater o martelo para definir exatamente qual composto químico causa quais efeitos no corpo humano. Mas você, como paciente medicinal de maconha, só precisa entender sobre 3 principais características da cannabis: sua genética (cannabis sativa ou cannabis indica), suas substâncias terapêuticas (canabinoides e terpenos) e o tipo de semente (regular, feminizada e automática).


Genéticas da Cannabis:

Assim como existem diferentes tipos da mesma fruta no supermercado, como Maçã Fuji e Maçã Gala, acontece o equivalente com a cannabis nas lojas de sementes. Essa planta é popularmente dividida entre Cannabis Sativa e Cannabis Indica, e entre as duas existem variações nas taxas de crescimento, tamanho das flores, tamanho das folhas e o mais importante: na concentração das substâncias medicinais. Vamos entender mais sobre isso.

Legenda: Generalização dos padrões de comportamento da cannabis indica e sativa.

A definição desses dois tipos de maconha teve início em 1753 através dos estudos do botânico Carl Linnaeus. Ao examinar a variedade europeia da maconha, o cientista constatou que ela não possuía efeitos psicoativos (entorpecentes), sendo cultivada principalmente pela sua fibra resistente, conhecida como cânhamo. Por isso, Linnaeus a nomeou Cannabis Sativa, que, em latim, significa Cannabis Cultivada. 

Mais tarde, em 1785, o biólogo Lamarck recebeu exemplares de maconha provenientes do território indiano. Ele notou que as fibras dessa variação da planta não possuíam a mesma qualidade que a Sativa, mas seus efeitos entorpecentes eram de maior utilidade: daí surgiu a nomenclatura Cannabis Indica, ou seja, Cannabis proveniente da Índia.

Abaixo, descrevemos um pouco das características mais marcantes desses dois tipos:

Cannabis Sativa: É uma planta esguia e alta. Suas folhas são mais compridas e suas flores (onde ficam concentradas as substâncias terapêuticas) são menos densas, tendendo a crescer espalhadas ao longo do caule. O ciclo de floração até estarem maduras para a colheita leva por volta de 60 a 90 dias. Os usuários do tipo Sativa normalmente descrevem os efeitos da planta como energizantes, causando uma reação estimulante no corpo e na mente.

Legenda: O consumo de maconha com concentrações elevadas de CBD pode ter efeitos revigorantes.

Cannabis Indica: É uma planta robusta e mais baixa. Suas folhas são mais largas e suas flores mais densas, tendendo a crescer concentradas no alto do caule. O ciclo de floração até a colheita leva cerca de 45 a 65 dias. Os usuários do tipo Indica relatam efeitos relaxantes e entorpecentes, aliviando o corpo e mente do estresse e das dores.

Legenda: Consumir maconha com alto índice de THC pode ser usada para combater a insônia.

Agora que você sabe dessas diferenças, é preciso entender que, na verdade, a nomenclatura Indica e Sativa, comumente utilizada na internet, não importa muito na hora de escolher sua semente de cannabis.

Por que?

Bem, a maconha é um ser vivo pertencente a um único gênero de vegetais, chamados de Cannabis, assim como os seres humanos pertencem ao gênero dos Homo. Se alguém olhasse para sua aparência e falasse que você pertence a outra espécie simplesmente por ter olhos de uma cor diferente, seria incorreto, não? Todos somos Homo Sapiens, e nossas diferenças são um reflexo do nosso DNA, 50% paterno e 50% materno. Nada além disso.

O mesmo acontece com a cannabis.

Legenda: Semente de maconha germinando.

Quem define as características de crescimento, tempo de floração, sabor e cheiro da maconha é o código genético. Assim como não existem seres humanos de uma única etnia, completamente isolada do resto das outras, as Cannabis Sativa e Cannabis Indica são na verdade plantas híbridas, tendo seus traços genéticos misturados ao longo dos milhões de anos de evolução.

Os criadores de sementes (breeders, em inglês) utilizam esse conhecimento que possuímos sobre genética para cruzar plantas de forma sistemática e científica, obtendo sementes de cannabis com características específicas, conhecidas em inglês como strains

Quer uma planta que floresce mais rápido? Eles conseguem fazer! 

Uma planta com cheiro de abacaxi e uva? Também!

Quando for iniciar sua busca pela semente ideal, você vai se deparar com vários questionamentos, principalmente os relacionados a qual substância terapêutica da cannabis serve para tratar qual condição física ou qual condição mental. A Cultlight não é um site de consultoria médica, mas vamos te guiar sobre os fundamentos do CBD, THC e terpenos, essenciais para o uso medicinal da cannabis.


Substâncias Medicinais da Cannabis:

A cannabis é extremamente complexa quando o assunto é química. Por ser um tabu na maior parte dos países, os estudos sobre a planta ainda são muito recentes, e quanto mais se estuda sobre ela, mais evidências científicas de seus usos medicinais surgem ao redor do mundo. Quando se busca no Google sobre tratamentos terapêuticos que utilizem maconha, um assunto recorrente são os canabinoides e como eles interagem com o Sistema Endocanabinoide. Mas, afinal…

O que são canabinoides?

Os canabinoides são compostos químicos naturais encontrados na cannabis e, entre os mais conhecidos, estão o THC e o CBD. O Sistema Endocanabinoide é um sistema regulador importante presente em todos os mamíferos. Quando os canabinoides são consumidos, eles interagem com os receptores químicos desse sistema, afetando diversas funções fisiológicas do organismo, como dor, inflamação, ansiedade, sono, apetite, entre outras.

A quantidade de efeitos causados pela cannabis é enorme, e qualquer tentativa de reduzir a infinidade de tratamentos disponíveis em um único texto se provará frustrada. Apesar disso, quando se trata dos canabinoides, é possível citar alguns exemplos que possuem evidências científicas de tratamentos medicinais eficazes.

Legenda: Potenciais benefícios do CBD.
Legenda: Potenciais benefícios do THC.

Como dito antes, os estudos sobre a cannabis ainda são muito recentes e sempre estão surgindo novidades para mexer nas estruturas do tema. Uma dessas novidades que normalmente escapam dos textos e vídeos publicados na internet sobre o uso medicinal da maconha é a importância dos terpenos.

Os terpenos são compostos aromáticos encontrados em diversas plantas. Um exemplo de terpeno é o limoneno, comumente encontrado na casca de frutas cítricas. Essas substâncias também podem ser identificadas em diferentes strains de cannabis, dando a elas seus cheiros e sabores característicos. 

Ao contrário da crença de muitos, os terrenos podem ter propriedades medicinais.

Legenda: Substâncias químicas da cannabis; todas podem ter uso medicinal.

Isso é o que afirma a hipótese do Efeito Entourage. Essa teoria diz que os terpenos podem interagir com os canabinoides, como o CBD e o THC, formando uma sinergia entre os diferentes componentes da maconha. Quando consumidas juntas, essas substâncias podem produzir efeitos mais fortes e eficazes do que quando consumidas isoladamente. Ou seja, os canabinoides podem ser potencializados ou ter sua absorção modificada graças aos terpenos.

Por exemplo, o CBD pode atenuar os efeitos psicoativos do THC, enquanto o terpeno chamado mirceno pode aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefálica, permitindo que uma quantidade maior de canabinoides cheguem ao cérebro. 

O Efeito Entourage é importante para o uso medicinal da cannabis pois pode maximizar os benefícios terapêuticos da planta e reduzir potenciais efeitos colaterais.

Legenda: O Efeito Entourage é importante para o uso medicinal da cannabis.

Essa complexidade química pode ser confusa no começo, mas é essencial para garantir a eficácia da cannabis como uma planta de uso medicinal. Por isso, é de extrema importância que indivíduos interessados em começar um cultivo de cannabis indoor entrem em contato com profissionais especializados, como médicos e fisioterapeutas, para saber qual substância deve ser priorizada na hora de adquirir as sementes de maconha.


Tipos de Sementes de Cannabis:

Agora que você já sabe sobre as características químicas e biológicas que tornam a maconha uma planta tão única, vamos à parte prática. Como a maconha é proibida no Brasil, é comum que cultivos de cannabis utilizem sementes importadas adquiridas em bancos de sementes internacionais, como o famoso site Herbies Head Shop.

Legenda: Sementes disponíveis no site Herbie Head Shop.

Evite importar sementes provenientes da Europa! As encomendas de sementes vindas do continente europeu costumam ser retidas pela alfândega e, a não ser que você possua uma licença para importar sementes de cannabis, as sementes serão enviadas para a ANVISA, que as destruirá. 

É importante salientar que não existem motivos legais para investigar indivíduos que sejam pegos importando sementes de cannabis. Então, se sua encomenda for retida, fique tranquilo que a polícia não irá atrás de você!

As sementes disponíveis nos bancos de sementes podem ser divididas em três categorias: sementes regulares, feminizadas e automáticas. Cada tipo tem suas próprias características, sendo mais ou menos adequadas para diferentes tipos de cultivo.

Sementes Regulares:

São criadas naturalmente sem manipulação genética, tendo uma probabilidade de 50% de produzir plantas masculinas e 50% de produzir plantas femininas. As plantas femininas são as que produzem as flores, que é a parte da planta colhida para o uso medicinal. As plantas masculinas normalmente são descartadas, a menos que sejam usadas para a reprodução. 

As sementes regulares são ideais para quem deseja produzir suas próprias sementes ou para quem está procurando variedades específicas.

Legenda: Exemplar de uma cannabis masculina.

Sementes Feminizadas:

São criadas a partir de técnicas de manipulação genética e produzem apenas plantas femininas, o que significa que todas as sementes feminizadas germinarão em plantas que produzem flores. Isso elimina a necessidade de identificar e descartar as plantas masculinas. 

As sementes feminizadas são ideais para produtores que desejam maximizar a produção de flores enquanto  minimizam o desperdício de espaço e recursos em plantas que não produzem flores.

Legenda: Uma flor de maconha, que cresce somente em plantas femininas.

Sementes Automáticas e Fotoperíodo:

As sementes automáticas entram no período de floração independentemente do tempo em que ficam expostas a luz. Isso significa que, diferente das sementes fotoperíodo, que necessitam de um período de iluminação específico para produzir flores, essas sementes vão começar a florescer automaticamente após certo número de semanas, mesmo que não recebam a quantidade ideal de luz.

As plantas automáticas geralmente são menores, sendo ideais para produtores que dispõem de um espaço limitado para cultivo.

Legenda: Maconhas autoflorescentes tendem a ser menores em tamanho.
Fonte: Grow Weed Easy.

A Cultlight não pode escolher a sua semente por você, mas recomendamos que cultivadores iniciantes utilizem sementes fotoperíodo feminizadas

Por que?

Por um lado, a genética das sementes regulares possuem o risco de 50% de serem plantas macho, desprovidas das preciosas flores cheias de canabinoides e terpenos. Por outro, as sementes automáticas não perdoam erros, uma vez que começam a florescer num tempo predeterminado. Isso é ruim pra quem está começando pois acidentes acontecem mesmo com cultivadores experientes!

As sementes fotoperíodo feminizadas foram produzidas pensando no cultivo e são mais flexíveis, o que é ideal para quem está começando a cultivar.

Agora que você já sabe disso tudo, que tal entrar num banco de sementes e dar uma bisbilhotada para ver qual strain tem mais a ver com seu tratamento? Depois de escolher a semente, o seu cultivo estará cada vez mais próximo de se tornar realidade… Basta montar sua estufa. E é disso que vamos tratar na próxima etapa.

No link a seguir, você pode saber mais dicas sobre como escolher sua semente de cannabis:

Dicas para escolher a semente de cannabis.

3ª etapa: Como montar uma estufa de cultivo indoor?

Plantar maconha é uma atividade que requer planejamento e compromisso, principalmente quando estamos falando de um grow com o objetivo medicinal. Ao longo dos anos, os growers (cultivadores, em inglês) desenvolveram diversas técnicas para aumentar a produtividade e reduzir os riscos em seus plantios. 

Muitas dessas técnicas são aplicadas ao cultivo de cannabis indoor, o que significa que o cultivo ocorre em um espaço interno, onde fatores como iluminação, umidade e temperatura podem ser controlados com precisão científica.

Legenda: Exemplo de cultivo indoor.

Se você deseja produzir cannabis de forma eficiente e segura, a Cultlight vai te mostrar que, mesmo com baixo investimento, é possível montar sua estufa de cultivo com equipamentos de qualidade e econômicos. No final dessa etapa, vamos disponibilizar um cupom de desconto de 5% para todos os itens do nosso e-commerce.

O método usado neste manual de cultivo de cannabis tem o seguinte objetivo:

  • Colheita de até 80 g.
  • Flores de alta qualidade.
  • Ser utilizado por 5 anos mantendo produtividade.
  • Obter materiais de qualidade que não vão ser perdidos ou desperdiçados.
  • Período de cultivo de 3 a 4 meses até a colheita.
  • 3 a 4 colheitas por ano.
  • Investimento de R$ 2.035.
  • Acréscimo na conta de luz de R$ 60.
  • Total de custo do primeiro cultivo: ± R$ 2.035 iniciais + R$ 60 mensal da conta de luz. 

Materiais necessários para montar seu cultivo indoor:

Espaço –  Antes de iniciar seu cultivo, é recomendado que você planeje bem onde irá instalar sua estufa. É necessário um ambiente de fácil circulação, onde seja possível manusear vasos de planta e armazenar equipamentos de jardinagem sem prejudicar sua rotina diária. Além disso, esse ambiente precisa ter tomadas de energia elétrica para conectar diversos aparelhos, como os LEDs e os exaustores de ar.

Legenda: Um cultivo de maconha pode caber até dentro de um armário.

Estufa – Normalmente composta de materiais leves e resistentes, essa estrutura serve para isolar o ambiente do cultivo, separando-o do mundo exterior e facilitando que as condições climáticas sejam controladas. É ideal que tenham revestimento feito em material reflexivo e isolante térmico. 

Recomendamos que você compre uma tenda de cultivo em vez de confeccionar a sua própria – acredite, você vai poupar muita dor de cabeça desnecessária.

Para escolher o tamanho ideal da sua estufa, leve em consideração o espaço disponível na sua casa e o número de plantas que deseja cultivar. Por exemplo: a Estufa PROBOX Basic, disponível no site da Cultlight, tem as dimensões de 40x40x160 cm e pode comportar por volta de duas plantas de cannabis adultas. Sua estrutura é feita de alumínio patenteado, aguentando até 28kg. 

Ela é revestida em mylar perolado premium, garantindo isolamento térmico e reflexividade luminosa de 97%. A Estufa PROBOX possui entrada para cabos de energia elétrica e acessos para exaustão, além de ter o fundo à prova d’água

Visão diagonal da estufa de cultivo Garden HighPro. O produto é retangular e feito de material preto. Através da porta da tenda, que está aberta, é possível ver que o material interior é refletivo, na cor prateada.

Muitos cultivadores iniciantes cometem o erro de planejar a produção baseando-se apenas no número de plantas, ignorando o espaço e a quantidade de luz disponíveis. Isso pode levar a estufas superlotadas e com pouca luz, o que afeta negativamente a qualidade e rendimento da colheita. 

Tendo em mente o espaço a ser utilizado no cultivo, basta descobrir a melhor iluminação para ele e começar a plantar cannabis!

No ebook gratuito da Cultlight, existe uma simulação dos resultados de diferentes colheitas utilizando iluminação de LED Quantum Board:

  • Estufa de 40×40 cm com 65W produz 35 g – 80 g de flores medicinais. 
  • Estufa de 60×60 cm com 120W produz 60 g – 160 g de flores medicinais. 
  • Estufa de 80×80 cm com 240W produz 120 g – 320 g de flores medicinais. 
  • Estufa de 100×100 cm com 320W produz 160 g – 320 g de flores medicinais.
  • Estufa de 120×120 cm com 480W produz 240 g –  580 g de flores medicinais.

Iluminação – A iluminação é um dos fatores mais importantes para o sucesso do cultivo indoor de cannabis, e existem diferentes opções de lâmpadas disponíveis no mercado. As duas opções mais populares são a iluminação de LED (Light-Emitting Diodes) e a HPS (High-Pressure Sodium).

As lâmpadas de LED são uma opção mais recente no mercado e são comprovadamente mais eficientes e duráveis que as outras lâmpadas, principalmente quando estamos falando de painéis de LED Quantum Board

Estes painéis possuem dezenas de chips Samsung de LED espalhados de maneira uniforme em sua estrutura, e cada chip possui uma lâmpada que emite luz em uma faixa específica de comprimentos de onda, atendendo às necessidades de diferentes estágios de crescimento das plantas.

Visão de baixo da Quantum Board Cultlight 120 watts. O produto é retangular, feito de alumínio branco na parte de baixo e alumínio preto na parte de cima. Existem quatro ganchos nas pontas para prendê-lo no ambiente de cultivo. Na superfície inferior, existem lâmpadas de LED ligadas.

Já as lâmpadas HPS são uma opção mais antiga, mas ainda são amplamente utilizadas por cultivadores de cannabis. Elas emitem uma luz amarela e geram muito mais calor do que as lâmpadas de LED, o que pode causar estragos nas plantas

As lâmpadas HPS possuem um valor mais baixo nas lojas, o que significa um custo inicial menor, mas são menos eficientes em termos de consumo de energia e durabilidade.

Legenda: Aparência de uma lâmpada HPS.

Muitos cultivadores tentam economizar observando apenas o custo inicial e começam com as lâmpadas de HPS, mas as Quantum Boards modernas são muito mais eficientes do que as HPS.

Isso significa que, a longo prazo, as lâmpadas das Quantum Boards são as vencedoras quando o quesito é economia nos gastos. Dá uma olhada nesse estudo feito especialmente pela Cultlight.

Legenda: Gráfico comparando os custos entre iluminação de LED e HPS.

Foram comparadas duas opções equivalentes de iluminação:

  • Em azul, a Quantum Board de 240W, com chips LMH301H da Samsung, luzes suplementares de espectro infravermelho e far-red. 

Por volta de 11 meses, os gastos iniciais mais caros associados à compra de uma Quantum Board são superados pelo valor dos gastos com energia elétrica gerados ao utilizar a lâmpada HPS. A Cultlight é uma empresa pioneira quando se trata de iluminação para horticultura e disponibiliza os produtos mais eficientes existentes no mercado. 

Se você está seguindo esse guia, o painel ideal para iluminar a área de cultivo da Estufa PROBOX 40x40cm é a Quantum Board 65w com chip LM281B+ ou a Quantum Board 65W com chip LM301H.

Visão de baixo da Quantum Board Cultlight 65 watts. O produto é retangular, feito de alumínio branco e com quatro ganchos nas pontas para prendê-lo no ambiente de cultivo. Na superfície inferior, existem lâmpadas de LED ligadas.
Visão de baixo da Quantum Board Cultlight 65 watts. O produto é retangular, feito de alumínio branco e com quatro ganchos nas pontas para prendê-lo no cultivo. Na superfície inferior, existem lâmpadas de LED ligadas.

Olha esse unboxing que fizemos de uma Quantum Board lá no canal da Cultlight! Esse painel conta com a tecnologia do chip LM281B+ Pro, que é uma geração anterior ao LM301H, mais focada no custo benefício. Temos um texto explicando a diferença entre os dois!

Exaustão – A exaustão da estufa de cultivo é uma parte que muitos cultivadores iniciantes relutam em investir dinheiro, mas é um fator essencial para garantir a sobrevivência das plantas. Sem exaustão adequada, a cannabis pode ficar doente, infestada de pragas, e até mesmo parar de crescer.

Você se lembra do conceito de fotossíntese? 

As plantas precisam de suprimento constante de dióxido de carbono e oxigênio para poderem se desenvolver ao absorverem luz. Se um cultivo de cannabis indoor não possuir exaustão adequada, as plantas vão literalmente “passar fome”. Além disso, o ar quente e úmido em volta das folhas é o ambiente ideal para o surgimento de pragas. 

Imagine investir dinheiro numa iluminação de LED de última geração e ter os resultados da colheita afetados por um problema tão simples.

Legenda: Representação do funcionamento da exaustão de um cultivo indoor.

A exaustão de uma estufa é dividida em duas partes:

  • Exaustores de Saída – São responsáveis por empurrar o ar saturado de dentro da estufa para o lado de fora, realizando a troca dos gases de forma constante. Na loja da Cultlight, possuímos o Exaustor PROFAN axial Garden HighPro 125mm, ideal para a configuração de cultivo apresentada neste guia.

Fique atento à capacidade de vazão do exaustor! Para uma estufa de 40×40 cm, como a usada neste manual, o exaustor deve ter no mínimo 50m3/h de vazão.

  • Exaustores de Entrada – Garantem que a estufa de cultivo tenha um bom fluxo de CO2. Pode parecer redundante comprar um exaustor de entrada, uma vez que o de saída já faz a troca dos gases, mas ter um exaustor dedicado exclusivamente trazendo ar fresco do lado de fora é uma das coisas que todo cultivador experiente sabe que vale a pena investir.

Para uma estufa de 40×40 cm, o exaustor de entrada deve ter no mínimo 30m3/h de vazão de ar. 

Visão diagonal do exaustor de ar Garden HighPro. O produto é cilíndrico e feito de material preto por fora. Dentro dele, existem hélices triangulares e amarelas.

Filtro de Carvão –  A cannabis é uma planta muito aromática, e seu cheiro pode atravessar portas e janelas, chegando em outras casas. Como o cultivo de cannabis ainda é ilegal no Brasil, discrição é uma qualidade essencial, então é muito comum que cultivadores utilizem filtros especiais para suas estufas.

O Filtro de carvão ativado PROACTIV 100mm 250m3/h é um dos melhores modelos do mercado, garantindo um ambiente livre de odores indesejados e outros elementos nocivos à saúde das plantas. Além disso, sua instalação é simples e prática, facilitando tanto na hora da montagem quanto no dia a dia. Para escolher outros modelos de filtro, basta saber o diâmetro do seu exaustor de ar e escolher um filtro de carvão Garden HighPro com as mesmas dimensões.

Visão diagonal do filtro de carvão Garden HighPro. O produto é cilíndrico, branco no meio e preto nas pontas, possuindo um buraco no meio para encaixar os dutos de ar. Existe um recorte lateral na imagem para mostrar as múltiplas camadas interiores de filtragem.

Ventilação – Manter o ambiente do cultivo indoor com ar em movimento é muito importante para complementar o trabalho dos exaustores. Pense que, na natureza, as plantas estão sempre sujeitas à ação do vento, tanto positivamente quanto negativamente: o vento suave ajuda a prevenir que as pragas se fixem nas folhas, além de ajudar a fortalecer os galhos. Por outro lado, vento forte demais pode “queimar” as folhas, termo conhecido em inglês como windburn.

Para o seu cultivo, bastará adquirir uma opção simples e confiável como o Mini ventilador de mesa Ventisol que oferecemos em nossa loja. Ele pode ser instalado tanto no chão quanto preso em superfícies graças ao seu clipe fixador.

Vasos de Planta – Existem diversas opções, sendo as mais famosas os vasos de plástico e os feltro. Cada um tem sua vantagem mas, como esse tutorial segue uma linha econômica, recomendamos os vasos de plástico. 

Você vai precisar de dois vasos: 

  • Um menor de 2,6 L, para iniciar o cultivo; 
  • Outro de 7 L, para quando as plantas estiverem maiores.

Esses modelos que vamos mostrar a seguir são boas escolhas, mas recomendamos que você compre em um comércio local perto de você. 

Dê preferência a vasos mais compridos pois as plantas de cannabis tendem a performar melhor nesse tipo do que nos vasos mais “gordinhos”.

Substrato – Essa é a palavra utilizada quando nos referimos ao material do qual a planta vai retirar seus nutrientes. O tipo mais comum de cultivo é o feito em solo orgânico, onde esses nutrientes são obtidos através de substâncias naturais, como adubo ou cascas de legumes. 

Existem também outros tipos de cultivo, como os que utilizam solo inerte, fertilizado com vitaminas e minerais, ou até mesmo o cultivo hidropônico, onde, em vez de terra, se utiliza água para cultivar cannabis.

As plantas absorvem os nutrientes necessários para crescer através de suas raízes e, assim como os seres humanos, elas precisam de insumos específicos para se desenvolverem de forma saudável. O tipo de substrato que mais sai em conta, tanto na questão econômica quanto no quesito tempo, é o chamado super solo orgânico.

Esse solo é preparado com todas as substâncias essenciais para atender às necessidades das plantas, poupando gastos com fertilizantes. A Cultlight recomenda esta técnica de plantio pois é a maneira mais simples e garantida de começar, não exigindo muitos gastos com nutrição, além de não ser necessária a compra de medidores de pH e PPM, que são instrumentos essenciais para outros tipos de substrato.

Neste guia, utilizamos dois vasos de planta, um de 2,6L e outro de 7L. Um pacote de 20L de super solo orgânico da marca Tropikali System será o suficiente para atender às necessidades do seu cultivo de cannabis indoor:

Termo-higrômetro – Determinar e ajustar corretamente os valores da temperatura e da umidade do ar são fatores que influenciam diretamente no crescimento das plantas, e o termo-higrômetro é o instrumento perfeito para isso. Os cultivadores utilizam uma métrica chamada Déficit de Pressão de Vapor (VPD) para obter os melhores resultados possíveis, seja durante o período vegetativo ou na floração.

De uma forma geral, o VPD é um cálculo entre a quantidade de vapor de água que a atmosfera é capaz de reter, aspecto que depende da temperatura, e a quantidade de vapor já existente na atmosfera, fator chamado de umidade relativa do ar. 

O ar só pode reter uma certa quantidade de vapor de água antes de voltar para a fase líquida e, quanto mais quente, mais vapor o ar poderá reter antes da água condensar novamente.

Legenda: Possuir valores de VPD baixos ou altos demais são fatores negativos no cultivo indoor.

Na fotossíntese, as plantas consomem CO² (dióxido de carbono) e liberam O² (oxigênio), além de realizarem outros processos internos, como a sucção de água e nutrientes do meio em que vivem. 

O controle do VPD, nem muito alto nem muito baixo, irá auxiliar a planta a atingir taxas maiores desses processos, absorvendo mais água e nutrientes, além de evitar doenças.

Isso acontece pois, na superfície das folhas, existem estruturas orgânicas chamadas de estômatos, que são o canal entre o ambiente interno da planta e a atmosfera, servindo para a troca de gases e transpiração vegetal. Os estômatos são muito sensíveis ao ambiente externo, podendo abrir e fechar para gerar mais ou menos trocas. 

Legenda: Essa é a aparência dos estômatos, presentes na superfície das plantas.
Fonte: mcr labs blog.

Se o ambiente estiver muito quente e seco, por exemplo, a planta precisará transpirar mais e perderá mais água para o ambiente, por outro lado, se o ambiente estiver em equilíbrio, a planta poderá puxar mais água para o interior das folhas.

O termo-higrometro PROHYGRO da Garden HighPro custa por volta de R$ 70 no e-commerce da Cultlight, mas vai te dar um retorno incrível de investimento. Mais pra frente vamos te ensinar como usar esse instrumento.

Visão diagonal do Termo-higrômetro ProHygro, confeccionado em material preto, com a logo da Garden HighPro amarela na parte de baixo. O produto possui três botões e uma tela contendo as informações relativas à temperatura e à umidade do ar.

Timer – Serve para controlar a quantidade de horas que o painel de LED ficará ligado fornecendo luz às plantas. É essencial para automatizar o cultivo e manter o fotoperíodo da cannabis alinhado aos valores ideais. 

A Cultlight oferece um Timer analógico de 24 horas, perfeito para ser utilizado em conjunto com as Quantum Boards.

Timer analógico para cultivo feito de material branco. Na parte superior frontal, existe um interruptor circular com as marcações relativas às 24 horas do dia. Na parte inferior frontal, existe uma tomada de três pinos fêmea, enquanto na parte inferior traseira existe uma tomada de três pinos macho para conectar o produto da energia.
Legenda: Temporizador analógico de 24 horas

Conclusão – Colocando todos os gastos numa planilha, é possível ver que os valores do investimento inicial de um cultivo básico e eficiente de cannabis ficam em torno de R$ 2.035. Se incluirmos o acréscimo no custo de energia elétrica de R$ 60 por mês, o valor sobe para cerca de R$ 2.095.

Legenda: Tabela de custos do cultivo indoor da Cultlight.

Com esses preços, fica evidente que o autocultivo indoor de cannabis é a forma mais barata de obter cannabis medicinal no Brasil. Mas, pra te ajudar a tirar logo os planos do papel e começar seu grow, a Cultlight está oferecendo um cupom de 5% de desconto na hora de finalizar suas compras. Basta copiar o cupom e inserir na fase do pagamento que o valor já será reduzido!

CUPOM DE DESCONTO:

CULTIVAR

Lembramos que essa configuração de estufa que apresentamos é a mais básica, mas possuímos produtos que atendem a todos os tipos de cultivo. Se você quer fazer um grow maior ou está com alguma dúvida, qualquer que seja, entre em contato com a gente no WhatsApp! Vamos adorar te ajudar. 

Chama lá!

+55 21 968731570

4ª etapa: Como Instalar Meu Cultivo Indoor de Cannabis?

Você comprou a estufa, a iluminação de LED, o substrato e todos os materiais necessários para começar o cultivo perfeito de cannabis: agora só falta instalar todos esses equipamentos. Apesar de parecer difícil, com planejamento e com as dicas certas, essa se torna uma das partes mais divertidas!

Ferramentas necessárias para montar seu cultivo de maconha:

  • Fita métrica ou trena – Esse instrumento é necessário para medir a distância de alguns itens do cultivo, como a altura da sua Quantum Board.
  •  Chave de fenda – Alguns itens precisam ser aparafusados para ficar no lugar, então preste atenção em qual tipo de parafuso é utilizado nos seus equipamentos e pegue uma chave de fenda adequada a eles.
  • Tesoura – Sempre útil para abrir pacotes, você vai querer ter uma ao seu lado.
  • Colher – Para evitar sujar o chão da sua casa com terra, é útil ter uma ferramenta adequada para colocar o substrato no vaso de planta.

O primeiro passo para iniciar seu cultivo indoor começa pela montagem da estufa.

A maioria das tendas disponíveis no mercado possuem um design semelhante, com hastes metálicas de tamanhos diferentes compondo a estrutura – as hastes verticais vêm separadas em duas partes. 

  • Identifique os diferentes tipos de haste e monte o alicerce da estufa utilizando os conectores de plástico.
  • Depois de montar a estrutura metálica, basta cobri-la com a lona que formará as “paredes” da estufa. Garanta que o material está bem ajustado ao formato da tenda.
  • Posicione a estufa no local escolhido para o cultivo.
Legenda: Manual de montagem da Estufa de Cultivo Garden HighPro.

Se você comprou uma Estufa PROBOX na loja da Cultlight, o tempo total de montagem deve durar cerca de 10 minutos.


Agora você deve deixar os equipamentos da estufa separados para a montagem.

Se você está seguindo essa manual, verifique se todos os itens que adquiriu estão à disposição:

  • Painel de LED.
  • Exaustores de entrada e de saída.
  • Filtro de carvão.
  • Ventilador.
  • Vasos de planta.
  • Substrato.
  • Termo-higrômetro.
  • Timer.

O próximo passo é instalar a exaustão do cultivo indoor.

Apesar dessa ser uma parte do cultivo que pode ter diversas configurações, vamos tentar simplificar ao máximo essa etapa. Se lembra de quando recomendamos comprar um exaustor de saída e outro de entrada? 

Para fazer esses equipamentos terem o máximo de rendimento, cada um deles deve ser instalado numa posição diferente da estufa de cultivo.

  • O exaustor de saída empurra a atmosfera saturada de dentro da estufa para o lado de fora. Como o ar quente é mais leve que o ar frio, esse equipamento deve ser instalado na parte superior da tenda. Lembre-se que é junto do exaustor de saída que você deve instalar o filtro de carvão.

Para isso, basta abrir os cordões que regulam a abertura de exaustão, inserir o exaustor dentro, apertar o cordão novamente e ligar o aparelho na energia elétrica

Legenda: Local onde se deve inserir o Exaustor Axial da Garden HighPro.
  • O exaustor de entrada puxa ar fresco do lado de fora da estufa, aumentando a eficiência da troca de atmosfera no seu cultivo. Ele é instalado embaixo pois o ar da parte debaixo da estufa é mais frio do que o resto do ambiente.

O exaustor deve ser instalado na parte de baixo da estufa, preferencialmente no lado oposto ao exaustor de saída.

Legenda: Local para inserir os exaustores de entrada de ar.

Instale o ventilador dentro da estufa.

Essa parte não tem muito segredo, o importante é que seu cultivo possua um ventilador para movimentar o ar do ambiente, afastando pragas ao mesmo tempo em que fortalece o caule da planta.

Legenda: O ventilador deve ser posicionado para soprar levemente as plantas de maconha.

Nesta etapa, você deve encher os vasos de planta com o substrato.

Para isso, basta pegar uma colher e encher o recipiente onde você vai cultivar cannabis com o substrato de sua escolha. No caso deste tutorial, utilizamos o super solo orgânico da Terrô. 

  • Tome cuidado para não compactar a terra – a cannabis precisa de oxigênio para crescer de forma saudável. Por isso, basta depositar suavemente o substrato no vaso de planta e sacudi-lo para que a terra preencha todos os cantos.
  • Não há necessidade de encher o vaso de planta até a borda. Deixe um bom espaço até a borda pois, inicialmente, as mudas de maconha irão dar uma boa espichada, então é bom ter um espaço extra para cobrir com mais terra depois.
  • Para adiantar o processo de enraizamento da sua semente, pegue um copo com água e umedeça a terra. Não precisa encharcar!

Instale seu painel de LED.

Essa é a parte mais importante do seu grow – sem iluminação adequada, suas mudas de cannabis nunca atingirão o rendimento esperado para um cultivo medicinal. Se você adquiriu os painéis de LED Quantum Board da Cultlight, essa tarefa vai ser muito simples.

  • Prenda os ganchos dos penduradores nos quatro cantos da Quantum Board.
  • Pendure a Quantum Board nas hastes do teto de sua estufa.
  • Regule a altura do painel de LED utilizando os ganchos ajustáveis: posicione ele a 60 cm da superfície do vaso de planta.
  • Conecte o cabo do painel de LED ao driver de energia utilizando o conector.
  • Passe os cabos para o lado de fora através das saídas de energia elétrica da sua estufa.
  • Conecte o driver à energia elétrica.
  • Pronto! A Quantum Board está pronta para iluminar suas mudas de cannabis.
Legenda: Manual dos painéis de LED Quantum Board da Cutlight.

A cannabis é uma planta que requer quantidades específicas de luz para cada estágio de sua vida. Para fazer seu cultivo crescer de forma saudável, evitando que a planta sofra estresse por calor ou passe fome, você deve fazer ajustes na altura de instalação do painel de LED para sempre manter uma distância de 30 cm a 60 cm do topo da planta. 

Quer saber qual a altura correta para usar seu painel? Dá uma olhada nesse texto do nosso blog em que explicamos tudo sobre qual a altura ideal da iluminação no cultivo indoor.


Instale o temporizador no seu painel de LED. 

Como você está iniciando seu cultivo, basta seguir as instruções do fabricante para definir as configurações de iluminação para 16 horas de luz e 8 horas de escuridão, que é o ciclo ideal para as mudas de maconha.


Dicas para verificar se sua estufa está montada corretamente:

  • Cheque todas as conexões, cabos elétricos, ganchos e penduradores. Você não quer nada saindo do lugar e causando acidentes.
  • Ligue todos os aparelhos elétricos e deixe-os funcionando por 1h. Veja se tudo está como esperado.
  • Verifique se a sua estufa não possui nenhum vazamento de luz. Entre na estufa e peça para alguém te fechar lá dentro com a luz do lado de fora ligada. Você não deve ver nenhum raio de luz penetrando o interior do cultivo.

5ª etapa: Como germinar sementes de cannabis?

Sua estufa já está montada, todos os equipamentos estão em posição e os vasos já estão cheios de terra: finalmente é hora de começar a cultivar! Fazer as sementes de cannabis germinarem é uma tarefa simples, mas que requer a devida atenção para garantir que a planta se desenvolva da forma esperada e que seu investimento em sementes caras não seja desperdiçado.

Legenda: Aparência das sementes de maconha brotando.

Para iniciar o processo de embebição, onde o metabolismo da semente de cannabis é ativado através da água, elas precisam estar úmidas o suficiente. 

Outros fatores importantes para iniciar esse processo são a temperatura do ambiente, que idealmente deve estar entre 27 e 30 graus Celsius, e que as sementes tenham contato com oxigênio, então elas não podem ser afogadas ou sufocadas em terra. 

Existem diversas técnicas para germinar as sementes de cannabis, mas aqui na Cultlight gostamos de utilizar uma técnica que elimina ao máximo possíveis problemas. Você vai precisar de:

  • Papel toalha.
  • Água oxigenada 3% (10 volumes).
  • Desinfetante.
  • Um prato.
  • Uma colher
  • Um copo.

Passo a passo para iniciar a germinação da maconha.

  • Pegue o copo e coloque ½ colher de chá de água oxigenada 3% (10 volumes) dentro.
  • Apanhe as sementes e as coloque na água oxigenada. Deixe elas lá por um período de 12 a 16 horas. Isso faz com que as sementes absorvam mais oxigênio, além de esterilizar a superfície delas.
  • Depois do período na água oxigenada, pegue o prato e a colher os esterilize com desinfetante. Lave as mãos com água e sabão. A germinação de uma semente pode ser comparada ao nascimento de um bebê, então essas medidas simples possuem uma eficiência incrível.
  • Pegue 3 folhas de papel toalha e coloque elas sobre o prato. Utilize a colher esterilizada para retirar as sementes de cannabis do copo e as coloque sobre o papel. Depois cubra elas com 2 folhas de papel toalha.
  • Umedeça o papel toalha com água. Lembre-se de não encharcar ele: as sementes precisam estar em contato com água e com oxigênio para germinarem.
  • Coloque o prato com as sementes em um lugar escuro e arejado, como o chão da estufa, por exemplo.
  • De 6 em 6 horas, cheque se o papel toalha continua úmido. Caso seja necessário, use um pouco mais de água para umedecê-lo.
  • Depois de cerca de 12 horas no papel toalha, as sementes já começarão a germinar. A partir desse momento, espere mais 4 horas e elas já estarão na hora ideal para serem colocadas no substrato.
  • Para colocar uma das sementes no solo, abra um buraco no meio do vaso com cerca de 15 mm de profundidade. Lave as mãos e, com muito cuidado, retire a semente do papel toalha e a deposite no meio do buraco. Cubra levemente o buraco com o solo e verifique se a terra não está muito comprimida em cima da semente. 
  • Tome o máximo de cuidado ao manusear os brotos de cannabis nesse estágio: a raiz principal que surge da semente é muito sensível, e todas as outras raízes da planta serão provenientes dessa primeira.
  • Regue as sementes com cuidado pois as raízes ainda não estão firmes no solo e podem acabar sendo movidas para o fundo do vaso, é muito comum perder sementes assim, então se possível regue com um borrifador. As mudas precisam de água mas também precisam de oxigênio, cuidado para não afogá-las.

6ª etapa: Como cuidar do cultivo indoor de maconha?

A principal característica do cultivo indoor de cannabis é a possibilidade de controlar as condições de crescimento da planta, superando fatores naturais como clima e umidade. Para garantir um cultivo econômico e bem-sucedido, existem alguns conhecimentos que devem ser adquiridos. 

As Três Fases da Vida da Cannabis: 

Estágio de semente e muda: 

Ao brotar, o metabolismo da planta é ativado e suas raízes começam a se desenvolver. Esse estágio é delicado e pode durar por volta de duas a três semanas, terminando quando a planta se mostra mais robusta, com o formato das folhas já desenvolvido.

Durante esse período, você deve deixar seu cultivo com 16 horas de luz e 8 horas de escuridão.

Legenda: Aparência de uma muda de maconha.

Estágio vegetativo:

Nessa fase, o caule da cannabis começa a se alongar, novas folhas e ramos surgem e as raízes se desenvolvem. Com essas estruturas vegetais, as plantas irão absorver nutrientes e vão se tornar cada vez maiores e mais resistentes. 

No cultivo indoor, a fase vegetativa pode durar o tempo que o jardineiro desejar, pois o fator que faz a cannabis avançar para o estágio de floração é a quantidade de horas em que ela fica exposta à luz. 

Os cultivadores experientes recomendam que, para manter a cannabis saudável no estágio vegetativo, ela deve ser exposta à luz por 18 horas no dia e ficar na escuridão por 6 horas.

Legenda: Plantas de maconha durante o estágio vegetativo.

Estágio de floração:

É a fase onde as flores da cannabis se desenvolvem, absorvendo nutrientes e luz para gerar os canabinoides, os terpenos e tantos outros componentes que fazem essa ser uma planta tão preciosa para a medicina. Na natureza, a cannabis entra no período de floração durante o outono, quando os dias são mais curtos e as noites mais longas. 

Para simular essas condições no cultivo indoor, a cannabis precisa de 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. O estágio de floração pode durar cerca de 7 a 10 semanas

Lembre-se que as plantas geradas a partir de sementes automáticas são exceção, pois se desenvolvem e florescem independentemente da quantidade diária de luz. 

Legenda: Maconha no final da floração.

Temperatura e Umidade Ideais para o Cultivo Indoor: 

O equilíbrio entre temperatura e umidade é um fator essencial para garantir o sucesso do seu cultivo. Para alcançar esse objetivo, é necessário que os cultivadores adquiram um termo-higrômetro. Esse instrumento serve tanto para medir a umidade relativa do ar quanto para identificar a temperatura do ambiente. 

Sua utilização é simples, basta ligar o aparelho que as informações irão aparecer na tela. Cada estágio da vida da cannabis requer uma atenção diferente, então listamos abaixo esses valores ideais.

Temperatura e umidade ideais no estágio de muda e no estágio vegetativo:

Você deve manter a temperatura entre 21°C e 29 °C. Já a atmosfera deve ser mantida entre 50% e 70% de umidade relativa.

Legenda: Infográfico com os valores para a fase de broto e fase vegetativa da maconha.

Temperatura e umidade ideais no estágio de floração: 

A temperatura ideal para essa fase fica entre 20°C e 25°C. A umidade da atmosfera deve ficar entre 40% e 50%.

Legenda: Infográfico com os valores para a fase de floração da maconha.

Para alcançar esse equilíbrio entre umidade e temperatura, talvez seja necessária a compra de alguns equipamentos extras para utilizar no seu cultivo. Por exemplo:

  • Se a temperatura estiver muito alta, instalar um ar condicionado no quarto do seu grow é uma boa opção. 
  • Se a umidade está muito baixa, um umidificador pode solucionar o problema… Por outro lado, se a umidade está muito alta, um desumidificador é a solução ideal! 

Na maioria dos casos o ar condicionado também vai servir para abaixar a umidade.

O importante mesmo é que você entenda que, assim como nós, a cannabis é um ser vivo que precisa viver num ambiente agradável e livre de estresse para poder render da forma esperada.

No link abaixo, você encontra mais dicas:

Como lidar com o calor no cultivo indoor?

7 dicas para lidar com a umidade alta no cultivo indoor.


Como Regar o Cultivo Indoor: 

Água é essencial para que as plantas realizem fotossíntese, todo mundo sabe disso. E cada estágio da vida da cannabis possui diferentes necessidades de hidratação, então você vai querer que seu cultivo tenha acesso à quantidade suficiente desse líquido, sem deixá-las passar sede ou que morram afogadas.

Não existe muito mistério quando o assunto é rega: você deve molhar o substrato toda vez que ele estiver seco

Lembre-se que cada planta é um ser vivo diferente, então cada uma pode ter um consumo diferente de água. Para verificar isso, enfie seu dedo até 5 cm de profundidade dentro do solo e, se a terra não grudar nele, está na hora da rega! 

Rega no estágio de muda: 

Quando a planta é bem pequena, cerca de 20 ml a 50 ml de água já é o suficiente. Regue apenas ao redor da muda, de preferência com um borrifador.

Rega no estágio vegetativo e no estágio de floração: 

Durante essa fase, você deve tomar cuidado para regar toda a superfície do substrato, de forma que ele absorva água uniformemente até a parte mais profunda do vaso. 

Não encha de água só na região onde fica o caule, pois a chance de afogar sua planta é grande.

Para saber mais sobre esse assunto, clique no link abaixo:

Guia completo de rega no cultivo indoor.


Treinando Sua Maconha Através da Poda:

Existem muitos métodos para aumentar a produtividade do seu cultivo de cannabis, mas poucos deles chegam ao nível de eficiência do Método de Baixo Estresse, conhecido em inglês como LST (Low Stress Training). 

Para entender essa forma de treinamento, é preciso saber que a cannabis possui duas etapas de desenvolvimento: uma etapa de crescimento e uma etapa de regeneração

Uma das partes mais importantes do LST é a poda do caule, também conhecida como pruning. A maconha não cresce direito enquanto está se regenerando, então é recomendado distribuir os o número de podas uniformemente ao longo do tempo, de maneira a prevenir que a planta entre na etapa de regeneração. 

Poda no estágio vegetativo:

As técnicas de corte do caule são aplicadas durante o estágio vegetativo da planta, uma vez que o caule só pode ser aparado quando a cannabis está saudável e possui tempo para se regenerar. 

Legenda: Exemplo de poda.

Existem diferentes formas de podar o caule da cannabis, mas a mais segura e eficiente para iniciantes é a poda conhecida como “topping”. Esse método atua com base num princípio conhecido entre cultivadores: toda vez que o caule é cortado, ele se divide em dois ramos diferentes

Onde existiria somente um galho, com certa quantidade de flores, agora existe o dobro. E a melhor parte é que o topping pode ser aplicado diversas vezes, fazendo o rendimento crescer muito.

Legenda: Diferença entre uma planta não treinada e uma maconha treinada com o Método de Baixo Estresse 
Fonte: Grow Diaries.

Outro princípio dessa técnica é que, além de aumentar a quantidade de ramos, cada flor vai estar mais próxima à fonte de iluminação, uma vez que não existirá somente um único caule principal que faz sombra sobre os outros ramos. E como já explicamos antes, uma planta de cannabis bem iluminada significa uma planta que apresenta resultados positivos

Dá uma olhada nessa imagem que fizemos pra explicar como o topping funciona!

Legenda: Como existe um maior número de galhos, mais flores terão acesso à iluminação.
Como realizar o Low Stress Training no seu cultivo:
  • É necessário que você possua uma tesoura de poda, que deve ser esterilizada antes de fazer o topping. 

Pode parecer que estamos pedindo cuidado excessivo, mas esse procedimento expõe uma parte delicada da cannabis à bactérias e pragas, então não custa nada desinfetar a tesoura. Recomendamos o modelo de tesoura abaixo:

  • Para aplicar essa técnica de poda, você deve saber como identificar a quantidade de nódulos no caule da cannabis.

Toda vez que dois ramos laterais surgem no caule da planta, existem dois nódulos. Para fazer o topping de forma segura, devem haver pelo menos 10 nódulos na sua cannabis.

Legenda: Toda vez que dois galhos surgem nas laterais, existe um nódulo.
Fonte: Amsterdam Genetics.
  • Agora basta pegar a tesoura esterilizada e cortar o caule da cannabis logo acima do 10º nódulo, exatamente como mostramos na imagem abaixo.
Legenda: Realize a incisão no caule da maconha exatamente neste ponto.
  • Pronto, você realizou a poda da sua cannabis. Agora além de aumentar a produtividade do seu cultivo, você poderá fazer técnicas de clonagem. Vamos falar sobre esse assunto mais pra frente neste guia!

Poda no estágio de floração:

Durante a etapa de floração, é ideal que as plantas do seu cultivo foquem todas as energias disponíveis no desenvolvimento das flores de cannabis. Por isso, duas semanas antes de entrar no estágio de floração, é recomendado que você realize uma série de podas nas folhas da sua maconha. Para isso, você deve utilizar uma tesoura esterilizada.

Na Cultlight, nós aplicamos o Método de Baixo-stress para realizar essas podas. Portanto, você deve cortar as folhas da sua planta ao longo de uma sequência de semanas, evitando que ela pare de se desenvolver ao entrar na etapa de regeneração. 

Na segunda semana após a mudança de fotoperíodo para 12 horas de luz e 12 horas de escuridão, comece a retirar todas as folhas que não recebem luz nas áreas inferiores da planta, até cerca de 15 centímetros de altura. Essas folhas estariam gastando energia da sua planta sem contribuir efetivamente para o crescimento das flores.

Na próxima semana, corte as folhas que não recebem luz nas áreas superiores da sua planta de maconha. Esse processo deve se repetir toda semana até o final do estágio de floração, quando finalmente você irá colher suas preciosas flores.

Legenda: Generalização de até onde realizar a poda.

Ajustando a Altura da Iluminação do Cultivo Indoor:

A cannabis é uma planta extremamente eficiente em absorver luz. Quanto mais energia absorvida, mais estruturas vegetais ela produz, principalmente no desenvolvimento das flores. Para manter as taxas ideais de fornecimento de luz nos diferentes estágios da vida da maconha, você deve ajustar a altura da iluminação do seu cultivo.

Apesar de parecer ser uma boa ideia colocar o painel de LED o mais próximo possível do vaso de planta, isso não é recomendado. Ao colocar a iluminação muito próximo da maconha, você pode causar danos em suas estruturas vegetais, seja por conta do calor gerado ou por excesso de luz. É importante seguir as recomendações do fabricante da lâmpada em relação à distância de aplicação para evitar problemas.

Resumindo, pendurar a luz do grow na altura ideal é importante para ajustar a potência da iluminação e também para evitar danos.

Medindo o PPFD através do App Photone:

Para regular a altura da iluminação no seu cultivo da forma mais eficiente possível, é importante que você tenha números com os quais trabalhar. Assim como existem valores para temperatura e umidade, existe uma medida de intensidade de luz: o PPFD (densidade de fluxo de fótons fotossintético).

Essa medida calcula a quantidade de micromolares por metro quadrado por segundo (μmol/m²/s), indicando quantos fótons de luz estão disponíveis para que as plantas realizem fotossíntese. Conforme a altura da iluminação varia, o valor do PPFD também se altera.

Para medir o PPFD do seu grow com precisão, é preciso utilizar um medidor de luz, que pode ser caro e inacessível para alguns cultivadores. Como alternativa, é possível utilizar um aplicativo de celular para realizar essa medição, como o app “Photone”, fruto de um projeto da Lightray Innovation que mistura empreendimento e pesquisa científica. Clique no link abaixo para baixar o aplicativo para iOS ou Android!

Para medir os valores no seu grow, basta abrir o App Photone e posicionar seu celular embaixo da fonte de luz. Quanto mais ao centro da fonte de iluminação você medir, maior será o valor. Por isso, faça também medições nas laterais do cultivo para garantir que todas as áreas estão recebendo a quantidade de luz adequada. Agora que você possui esses novos conhecimentos, vamos aprender os valores ideais de PPFD e a altura da iluminação para cada estágio da cannabis.

Altura e PPFD Ideais no Estágio de muda:

Para mudas e plantas recém germinadas, o PPFD ideal é entre 100 e 300 μmol/m²/s. A altura recomendada para a fonte de iluminação é entre 60 e 90 centímetros do topo da planta. Lembre-se de checar a temperatura para evitar que as mudas de cannabis fiquem desidratadas.

Altura e PPFD Ideais no Estágio vegetativo:

Para o estágio vegetativo da cannabis, o PPFD ideal é entre 300 e 600 μmol/m²/s. A altura recomendada para a fonte de iluminação é entre 30 e 60 centímetros do topo das plantas, pois elas já possuem um sistema radicular mais sólido e são capazes de absorver mais água do substrato.

Altura e PPFD Ideais no Estágio de Floração:

No estágio de floração, o PPFD ideal é entre 600 e 900 μmol/m²/s. Durante essa fase, as plantas podem triplicar de tamanho, no intuito de se aproximar da fonte luminosa e absorver mais luz. Neste caso, é recomendado manter a iluminação a uma distância de 30 a 45 centímetros do topo das plantas, mas evite mudar constantemente a altura da luz.

Ao utilizar a medição de iluminação através do PPFD, você vai poder aproveitar todo o potencial de um painel de LED Quantum Board, uma vez que a maior parte deles possuem variadores de luminosidade, também conhecidos como dimmers. Isso possibilita ajustar a luz do seu painel para alcançar a potência ideal para cada estágio do cultivo, possibilitando assim, um menor consumo de energia nos estágios antes da floração.


Prevenção de Pragas no Cultivo Indoor:

Como já falamos ao longo deste guia, a vantagem do cultivo indoor é a facilidade de manipular as condições ideais para o crescimento da planta. Se você seguiu todas as etapas que falamos ao longo desse texto, é provável que suas plantas já estejam no caminho correto para crescerem de forma saudável e livre de pragas.

Mas… Afinal, o que são pragas?

Pragas são agentes parasitas favorecidos pela deficiência de defesas naturais nas plantas, e geralmente se multiplicam descontroladamente por falta de barreiras e predadores. São comuns em ambientes desequilibrados, seja sem a ventilação adequada ou sem os microrganismos benéficos que existem no solo. Ou seja, as pragas só se estabelecem em plantas suscetíveis a elas.

Manejo Integrado de Pragas:

Na comunidade de cultivo indoor de cannabis, existe uma técnica para prevenir o surgimento de pragas: ela se chama Manejo Integrado de Pragas (Integrated Pest Management, em inglês). A filosofia por trás desse conjunto de técnicas entende que pragas e pestes são simplesmente alertas de que algo está errado no grow.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) não consiste em matar a praga, mas tem o objetivo de evitar criar as condições ideais para que ela se reproduza de maneira exponencial. 

Vamos tomar como exemplo os pulgões: esses pequenos insetos se seguram à superfície das plantas e furam as paredes celulares delas, sugando o açúcar disponível na seiva. Os pulgões só conseguem furar as paredes celulares se elas estiverem finas e rígidas. 

Plantas bem abastecidas com potássio, boro e sílica possuem paredes celulares grossas e elásticas, que resistem melhor às investidas dos pulgões. Uma vez que sua planta não é suscetível para que o pulgão se alimente, só resta a ele procurar outra planta ou morrer.

O Manejo Integrado de Pragas possui 4 pilares que sustentam essa filosofia. São eles:

  • Equilibrar e diversificar a vida presente no solo.
  • Aumentar a resistência vegetal através de uma nutrição equilibrada.
  • Fortalecer as raízes das plantas.
  • Manter o solo úmido e continuamente aerado.

Através desses fundamentos, é possível organizar uma boa rotina de prevenção de pragas. E para facilitar a sua vida, nós montamos uma rotina de Manejo Integrado de Pragas da Cultlight que possui uma boa variedade de insumos para deixar sua planta sempre saudável. Dá uma olhada aí!

Aplicação de óleos essenciais:

Os óleos essenciais comprovadamente afastam e combatem diferentes tipos de pragas e insetos. A aplicação deve ocorrer de 15 em 15 dias, uma vez que o uso em excesso pode acabar prejudicando a planta. Recomendamos as seguintes substâncias: canela, citronela, hortelã-pimenta, gengibre,óleo de neem e óleo de andiroba.

A aplicação do óleo pode ser feita tanto na rega quanto diretamente nas folhas. Siga as instruções do fabricante do produto sobre a dosagem correta e como diluir o óleo na água. Um ponto importante para se lembrar é que as luzes do cultivo devem estar desligadas no momento da aplicação dos óleos essenciais. Recomendamos o Kit com 3 Óleos de Andiroba abaixo:

Aplicação de produtos biológicos:

Os insumos biológicos criam a biodiversidade necessária para proteger as plantas contra patógenos e pragas. Existe uma infinidade de produtos que podem ser utilizados para criar um ambiente saudável, entretanto, neste guia, vamos recomendar o uso de Beauveria Bassiana, LMX, EM-1, IMO (microorganismos nativos), Bokashi e Bacillus Subtilus.

O uso desses produtos deve ser feito de 15 em 15 dias, e pode ser feito tanto diretamente no solo quanto por foliar, isto é, diretamente nas folhas. A luz do cultivo deve estar apagada no momento da aplicação.

Aplicação de silicato de potássio:

Esse mineral é muito importante para o Manejo Integrado de Pragas, uma vez que ele pode beneficiar a planta em diversos fatores: aumentar a resistência a estresses; aumentar a taxa de fotossíntese e o teor de clorofila presente na cannabis; melhorar a resistência a seca; aumentar a tolerância ao sal; aumentar a fertilidade do solo e evitar a queda de galhos. A lista de benefícios não para aí, mas já dá pra entender que esse composto é essencial para seu cultivo.

A aplicação desse produto deve ser mensal, e ele pode ser utilizado tanto diretamente no solo quanto como foliar. Leia as instruções da embalagem para verificar como deve ser feita a diluição em água.

Manejo Integrado de Pragas (MIP) e os Bioestimulantes:

As pragas são um sinal de que algo não está equilibrado no sistema de cultivo. Isso pode acontecer por uma infinidade de motivos, e nem sempre garantir acesso aos nutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio ) é o suficiente para ter sucesso no plantio de cannabis.

Para combater esses possíveis problemas, os bioestimulantes entram como a peça que faltava nesse quebra-cabeças, uma vez que fortalecem o metabolismo das plantas, fornecendo carboidratos, hormônios, enzimas, vitaminas, e aminoácidos para além dos nutrientes.

Estes compostos vão aumentar a resistência da cannabis a diversos tipos de problemas como aumento ou diminuição drásticas de temperatura, resistência a variação da umidade no solo, entre outros tipos de estresse. A Cultlight recomenda utilizar os Bioestimulantes da Organo Lab, perfeitos para realizar o Manejo Integrado de Pragas e afastar as doenças do seu cultivo.

Como utilizar bioestimulantes no Cultivo Indoor de Cannabis a planta?

O fertilizante Ocean Mix é formulado essencialmente a partir do extrato de peixes e algas, perfeito para fortalecer a resistência da planta fornecendo diversos compostos como aminoacidos, vitaminas e fitohormônios, além dos nutrientes.

Embalagem de 1 litro de fertilizante de peixes e algas da Organo Lab. O recipiente é cilíndrico e feito de material branco. O rótulo do produto é colorido de azul e preto.

O fertilizante Bokashi Active é rico em microorganismos que se acumulam no solo, nas folhas e nos galhos da planta, criando conexões com as raízes e tornando o sistema defensivo da planta muito mais competente. O Bokashi é perfeito para criar barreiras contra pragas como fungos, vírus e bactérias.

Embalagem de 1 litro de Bokashi líquido da Organo Lab. O recipiente é cilíndrico e feito de material branco. O rótulo do produto é colorido de vermelho e preto.

Remoção de pragas no cultivo indoor:

Eventualmente, mesmo seguindo as dicas apresentadas neste guia, pragas e infestações poderão surgir no seu cultivo. A presença desses problemas pode aparecer de diversas formas, então fique atento ao surgimento de: fungos; mofo; insetos como moscas brancas, pulgões, ácaros (conhecidos como spider mites, em inglês) e larvas. Fique atento também para a presença de folhas amareladas ou enfraquecidas no seu cultivo, uma vez que isso pode significar que existem microrganismos maléficos na sua planta.

Um dos melhores produtos para remoção de pragas é a água oxigenada. Dependendo de onde estiver a infestação, você pode aplicar essa substância tanto na rega quanto por meio de foliar, basta diluir o produto em água e administrar utilizando um regador ou borrifador.

Para pragas, você pode usar essa técnica duas vezes por semana. Para fungos e bactérias, uma única aplicação será suficiente. Lembre-se de que a água oxigenada vai prejudicar os microrganismos benéficos do solo, portanto, evite usá-lo em excesso. Em alguns casos, pode ser necessário reintroduzir a população microbiana no substrato.

E, por fim, lembre-se que o segredo está na prevenção. Trabalhe agora para evitar perdas e possíveis danos irreparáveis. É MUITO mais fácil prevenir do que combater.

7ª etapa: Como Clonar Maconha no Cultivo Indoor?

Uma das formas mais eficientes e baratas de plantar maconha é através de técnicas de clonagem, que consistem em multiplicar uma planta já existente, chamada de planta-mãe, gerando mudas de maconha sem a necessidade de sementes.

Você deve escolher a planta-mãe entre as diversas plantas do seu cultivo. Essa escolha implicará em clones com características genéticas idênticas à mãe (folhas com mesma coloração, tamanho, tempo de floração, etc.). Além disso, algumas características emocionais também podem ser herdadas da mãe, como estresse ou resistência às pragas.

O processo de clonagem mais comum no cultivo indoor é a estaquia. Essa técnica consiste no plantio de pedaços (ou estacas) do caule, raízes ou folhas, que são retirados da planta-mãe e plantados em um substrato úmido.

Para clonar sua planta de maconha, será necessário o seguinte material:

  • Planta-mãe em estágio vegetativo.
  • Tesoura de jardinagem (higienizada).
  • Copo de água.
  • Substrato (recomendamos cubos de cutilene, para retenção de umidade e oxigenação).
  • Uma travessa para depositar os cubos.
  • Hormônios de enraizamento.
  • Uma garrafa pet transparente cortada.
  • Iluminação.

Escolha uma planta-mãe de cannabis.

O primeiro passo da propagação vegetal é escolher uma planta-mãe. Essa planta deve estar obrigatoriamente no estágio vegetativo, saudável e em vigor pleno, uma vez que o processo de clonagem pode gerar estresse na cannabis, atrapalhando seu crescimento.

Para escolher a planta-mãe, você deve procurar por fatores como:

  • Boa taxa de crescimento.
  • Aromas agradáveis.
  • Resistência a pragas e fungos.

Para verificar se sua planta está no estágio vegetativo, basta saber se ela possui mais 6 semanas de vida, apresentando maior desenvolvimento do caule e das folhas. Além disso, verifique se existem sinais de estresse e busque a presença de pragas ou mofo. Se encontrar qualquer um desses fatores, é essencial que você os resolva antes de continuar com o processo.

Selecione e corte os galhos que serão transformados em clones.

Os galhos que irão virar clones devem ser resistentes e saudáveis, possuindo pelo menos dois nódulos de onde brotam outros galhos.

Legenda: Clone já separado da planta-mãe.

Para realizar o corte do galho, você deve esterilizar sua tesoura de jardinagem e fazer a incisão num ângulo de 45° logo na base do galho, onde ele se junta ao caule principal da planta-mãe. O corte nesse ângulo específico aumenta a área de contato do clone, fazendo com que ele se desenvolva mais rápido. Após o corte, coloque imediatamente o broto cortado dentro do copo plástico cheio de água.

Remova o excesso de folhas do clone.

Remova todas as folhas e nódulos existentes na parte inferior do clone, uma vez que eles podem representar um gasto desnecessário de energia. Deixe somente algumas folhas no topo do broto.

Além disso, você deve cortar a ponta dessas poucas folhas que sobraram, reduzindo a transpiração da planta e fazendo com que ela perca menos água.

Legenda: A poda do clone fica assim.

Deposite o clone no substrato.

Umedeça os cubos de cutilene da forma recomendada pelo fabricante e faça um pequeno pequeno furo do tamanho do caule do clone neles. Após isso, enfie o broto dentro do cubo, de maneira que ele fique firme.

Legenda: O resultado fica assim.

Aplique o fertilizante enraizador.

O processo de clonagem pode ser comparado a uma cirurgia e, por isso, a cannabis pode precisar do auxílio de fertilizantes especiais, garantindo à planta uma melhor produção de hormônios e maiores taxas de crescimento.

Na Cultlight, recomendamos o uso de ácido indolbutírico, que é um pó enraizador clássico, usado em diversas culturas. Existem diversos produtos contendo ele no mercado, alguns incluem até micorrizas. Esse produto aumenta a taxa de absorção de nutrientes da cannabis, além de acelerar o desenvolvimento das estruturas vegetais da planta.

Mantenha a atmosfera úmida em volta do clone.

Brotos de cannabis necessitam de um ambiente com alta umidade para serem capazes de gerar raízes. Para fazer a manutenção do ambiente com a umidade correta, você deve cortar o fundo da garrafa pet transparente, borrifar águas nas laterais interiores dela e utilizá-la para cobrir o cubo onde está o clone, garantindo um ambiente com umidade relativa entre 70% e 90%.

Depois de dois dias dentro dessa atmosfera fechada, passe a abrir o recipiente uma vez ao dia para garantir a troca de ar e, caso necessário, umedeça o ambiente de novo.

Legenda: Exemplo de como o clone deve ficar (aqui foi utilizada uma estrutura própria para clonagem, mas a garrafa PET é uma boa substituta).

Mantenha os clones iluminados durante 24 horas por dia.

A maioria dos clones morrem por conta de infecções de bactérias ou de fungos. Como os fungos e microrganismos malignos são sensíveis à luz, é recomendado que você mantenha o clone recebendo iluminação indireta de baixa potência durante 24 horas diárias.

Legenda: Processo de enraizamento de um clone.

Transplante o clone para um recipiente maior.

Depois que todos esses processos são realizados, as raízes do clone de cannabis começam a aparecer entre 7 e 14 dias. Depois desse período, quando a planta já possuir tamanho suficiente e estiver mais resistente, você deve transplantá-la para outro substrato e outro recipiente.

Para isso, basta retirar o cubo e o clone da pequena incubadora e transferi-los para um vaso de planta, tomando cuidado para não deixar o clone sufocado em muita água ou em um substrato muito compactado.

Legenda: O clone ficará assim que for transplantado.

8ª etapa: Cannabis no Estágio de Floração: Como Iniciar?

Assim que você tiver certeza que sua planta está saudável, frondosa e livre de estresse, é hora de finalmente colocar ela para florir. Existem algumas mudanças que são necessárias para fazer a mudança do estágio vegetativo para o estágio de floração.

Estágio de Pré-floração: 

Durante a floração, a cannabis vai crescer bastante de tamanho e começar a focar suas energias na formação das flores, então é nesse momento em que ela mais precisa de luz, energia e espaço. 

Nesse estágio, é recomendado que você mexa bem pouco na planta, pois estresses excessivos podem atrasar a formação de flores, podendo inclusive estimular que a planta inicie um processo de hermafroditismo, onde passará a ser uma planta fêmea macho e macho ao mesmo tempo, passando a desperdiçar energia na produção de sementes.

Pensando nisso, existem algumas considerações que devem ser feitas antes de mudar para a floração, processo que os cultivadores chamam de flip, ou “flipagem”, que, em inglês, significa “virar”.

Observe a força do caule e a quantidade de folhas presentes nele.

Quanto mais folhas, mais energia sua planta absorve e, consequentemente, mais nutrientes são produzidos. Durante a floração, esses nutrientes serão utilizados para gerar as flores da cannabis. 

Isso significa que uma planta “flipada” cedo demais não conseguirá se desenvolver da forma ideal, então se você sentir que sua planta está magra, fraca e com poucas folhas, experimente deixar ela no estágio vegetativo durante mais algumas semanas. Garanto que, com o devido cuidado, ela vai recuperar o tempo perdido e vai render muitas flores.

Preste atenção na altura da cannabis.

Como foi dito, a cannabis cresce bastante durante esse período, então é sempre bom considerar qual será a altura máxima que você pode deixar sua planta crescer sem que ela encoste nas lâmpadas de LED. Apesar de cada planta ter uma taxa de crescimento própria, se você medir sua maconha da superfície do solo até o ponto mais alto dela, é possível ter uma noção de até onde ela vai crescer:

Planta com 30 cm na hora da “flipagem” ➡ Terá entre 60 cm e 90 cm na floração.

Planta com 60 cm na hora da “flipagem” ➡ Terá entre 1,20 m e 1,50 m na floração.

Legenda: A maconha cresce bastante durante a floração.

Veja se a planta de maconha está sob estresse.

Como foi falado, a cannabis gasta energia se desenvolvendo ou gasta energia se regenerando, nunca os dois ao mesmo tempo. Se você “flipar” sua planta enquanto ela estiver estressada, ela vai gastar tempo se regenerando enquanto poderia estar desenvolvendo flores 

O estresse pode estar relacionado a diversas causas. Quando não existe equilíbrio em fatores como iluminação, umidade, temperatura ou nos nutrientes da cannabis, a planta pode apresentar diferentes sintomas:

  • Folhas amareladas, queimadas ou com descoloração;
  • Folhas murchas ou enroladas;
  • Folhas secas;
  • Presença de fungos;
  • Presença de parasitas e pestes.

De forma geral, você deseja que suas plantas estejam o mais saudável possível para que elas possam gastar toda a energia produzindo as flores.

Legenda: Exemplo de planta com fungo.

Quando e como transplantar sua cannabis.

Se você seguiu este guia, você deve ter comprado dois vasos de planta, um de 2,6L e outro de 8L. Para se desenvolver de forma saudável durante a floração, a cannabis precisa de muito espaço, inclusive nas raízes. 

Por isso, duas semanas antes de fazer a planta entrar no período de floração, você deve transplantar a sua planta para o vaso maior. Abaixo seguem as etapas para fazer isso:

  • Não regue sua planta durante uns dois dias antes do transplante. Isso vai facilitar sua retirada do substrato. Obviamente, não deixe a planta muito tempo sem água! Realizar o transplante com o substrato molhado é mais difícil.
  • Lave suas mãos e o vaso onde a planta será colocada para evitar contaminantes que prejudiquem ela.
  • Mova os vasos de planta para fora da estufa, isso vai facilitar bastante seu trabalho.
  • Encha o vaso maior com o substrato. Lembre-se de não compactar a terra e deixar espaço para plantar sua cannabis.
  • Pegue o vaso onde a maconha está plantada e vire ele de lado. Com gentileza, você deve dar alguns tapas na lateral do vaso para soltar a terra. Depois disso, enfie sua mão na lateral do vaso e empurre ela até o fundo. Agora segure o vaso com uma mão e, com a outra mão, puxe as raízes para fora do substrato. Tome cuidado para não danificar as raízes e tente ao máximo não tocar nelas.
  • Deposite sua maconha no espaço que você deixou no vaso novo. Não pressione ela contra a terra.
  • Preencha o vaso com um pouco mais de substrato, principalmente em volta do caule principal da cannabis. Não deixe a terra compactada!

Ajuste a iluminação do seu cultivo indoor.

A cannabis é uma planta de dia curto, isso significa que ela só entra no estágio de floração quando o período noturno é maior ou igual ao período diurno. Como estamos falando de um cultivo indoor, ou seja, num ambiente controlado, cabe a você controlar a quantidade de horas que sua cannabis vai passar absorvendo luz.

Para isso, você deve ajustar o timer do seu painel de LED Quantum Board para ficar ligado durante 12 horas e desligado durante 12 horas. Quando a planta estiver no período de escuridão, é essencial que você feche completamente a porta da estufa, impedindo que qualquer luz exterior chegue até a maconha. Não esqueça de manter os exaustores ligados durante esse período com a porta fechada!

Garanta que a Quantum Board do cultivo está fornecendo a quantidade correta de iluminação para sua planta e, para isso, você deve usar uma métrica conhecida como PPFD. Existem diversos aplicativos de celular para realizar essas medições, mas nenhuma se compara ao app de nome “Photone”, que é utilizado e aprovado pela Cultlight. Para baixar o aplicativo para iOS e Android, clique no link abaixo!

No estágio de floração, o PPFD ideal é entre 600 e 900 μmol/m²/s. A altura do painel deve ficar a cerca de 30 a 45 centímetros do topo das plantas, mas evite mudar constantemente a altura da luz. Temos um texto em nosso blog que ensina profundamente a alcançar os valores ideais de iluminação no seu cultivo, basta clicar aqui para ver.

9ª etapa: Quando e Como Fazer a Colheita da Cannabis?

Depois de meses de dedicação, a coisa que você mais esperava finalmente aconteceu: seu cultivo de cannabis finalmente floresceu. Essas flores carregam as preciosas substâncias terapêuticas da maconha, como o THC e o CBD. Mas, para consumi-las, seja através do fumo ou do óleo, é necessário fazer a colheita. Então…

Quando se deve fazer a colheita da cannabis?

Para determinar isso, você precisa identificar os sinais presentes na resina da cannabis, uma vez que ela contém essas substâncias terapêuticas que tanto buscamos. Essa resina é uma estrutura vegetal conhecida como tricoma, e existem milhares deles espalhados numa única planta de maconha. Eles possuem uma aparência semelhante a pequenos cogumelos, finos no meio e com uma bolinha na ponta, e servem para proteger a cannabis de insetos, como também dos raios UV emitidos pelo sol.

Apesar dos tricomas serem visíveis a olho nu, aparecendo como pequenos pontos brancos cima da planta, para achar os sinais que determinam a hora da colheita, você precisará de um celular com câmera para dar zoom na planta. Se possível, compre uma pequena lente portátil, como a exibida na imagem abaixo. Esse instrumento será muito útil nas diversas colheitas que você vai realizar ao longo da vida.

Ao apontar o celular para sua planta, você notará que os tricomas possuem 3 diferentes estágios, cada um com uma aparência específica:

  • Tricomas transparentes – ainda é uma resina jovem, e suas substâncias terapêuticas não amadureceram o suficiente.
  • Tricomas leitosos – a resina já está mais madura, mas ainda não é o ponto ideal de colher sua cannabis.
  • Tricomas âmbar – ao adquirir uma cor alaranjada, a cannabis apresenta os sinais de que as substâncias terapêuticas presentes nela estão maduras.

Você deve realizar a colheita da cannabis quando cerca de 30% a 40% dos tricomas apresentarem a cor âmbar. Tome cuidado para não deixar os tricomas amadurecerem muito mais do que isso, pois as substâncias medicinais começam a degradar e perder sua potência.


Como fazer a colheita da cannabis?

Agora que você identificou que seu cultivo de maconha está pronto para ser colhido, falta somente colocar a mão na massa! Vamos te mostrar o passo a passo de como colher as flores da sua planta de cannabis. 

Você vai precisar dos seguintes materiais:

  • Tesoura de jardinagem;
  • Álcool 70%;
  • Luvas de plástico (suas mãos vão ficar grudadas de resina);
  • Cesta de secagem (vamos falar sobre isso mais pra frente).

Não regue sua maconha durante três dias antes de fazer a colheita.

Um dos principais processos para preparar a cannabis para o consumo é a secagem. Para adiantar essa etapa, você deve parar de regar seu cultivo alguns dias antes de realizar a colheita. Não faça isso por mais de três dias, você não quer matar sua planta!

Coloque as luvas e esterilize a tesoura de jardinagem.

Como foi falado diversas vezes ao longo deste guia, higiene é um dos fatores essenciais para garantir a saúde da sua planta. Isso vale também para a hora da colheita, então utilize água e sabão para lavar as tesouras.

A luva de plástico deve ser colocada pois sua mão vai ficar cheia de resina. Acredite, essa substância gruda na mão e não é tão fácil de limpar.

Corte os galhos, o tronco principal e as folhas da sua planta de cannabis.

  • 1º passo – corte os galhos externos da sua planta e reserve eles. 
  • 2º passo – corte o caule principal da sua cannabis e reserve ele.
  • 3º passo – retire as folhas de maior porte e reserve elas. Folhas de cannabis são ótimas para fazer extrações, que é uma das formas de aproveitar ao máximo todo o potencial da sua planta ao produzir um produto cheio de canabinoides e terpenos. Temos um texto em nosso blog sobre extrações canábicas, basta clicar aqui!
Legenda: Os galhos da maconha devem ficar assim depois de cortados.

Para secar as flores de cannabis, guarde-as em um ambiente escuro e ventilado.

A melhor forma de secar a cannabis depois da colheita é utilizando a Cesta de secagem PRODRY BASIC. Este acessório é composto por um tecido micro perfurado de alta qualidade, permitindo a ventilação e secagem das flores ao mesmo tempo que impede a entrada de insetos. 

Legenda: A Cesta de secagem fica assim quando em uso.

O processo de secagem da maconha dura entre 7 e 14 dias, período em que as flores perderão cerca de 60% do peso através da evaporação. Aqui, quanto mais devagar melhor. Não caia na tentação de secar sua maconha rápido ou de seguir técnicas para acelerar esse processo. Você passou meses cultivando, o que são 10 dias em comparação a isso? Quanto mais rápido você secar, mais substâncias, terpenos e canabinoides você vai perder no processo. A parte de secagem é uma das mais importantes para garantir um produto final de alta qualidade.

A temperatura ideal para secar flores é entre 20°C e 26°C, com umidade relativa entre 50-55%. Use um termo-higrômetro para monitorar os níveis de umidade e ajuste conforme necessário.

10ª etapa: Como Preparar a Cannabis para o Consumo?

Após a etapa de secagem da cannabis, o cultivador deve realizar a manicure das flores. Esse processo, conhecido em inglês como trim (ou trimming), consiste em utilizar uma tesoura para retirar o excesso de folhas presentes nas flores de maconha, também separando as flores dos galhos da planta.

Para fazer a manicure da cannabis e prepará-la para o consumo, você vai precisar dos seguintes materiais:

  • Tesoura de jardinagem.
  • Luvas de plástico (suas mãos vão ficar cheias de resina das flores).
  • Uma superfície limpa para trabalhar.
  • Uma bandeja ou prato para manipular as flores durante a manicure.
  • Um pote de vidro hermético para guardar e preservar suas flores de maconha.
  • Um pacote de Boveda Controlador de Umidade para realizar o processo de cura da maconha.

Coloque as luvas e esterilize a tesoura de jardinagem.

Para manipular a cannabis, sempre é recomendado utilizar ao máximo técnicas de higiene, uma vez que as flores serão consumidas como tratamento terapêutico. Lave as tesouras com água e sabão antes de utilizá-las.

As luvas de plástico serão úteis para evitar que suas mãos fiquem cheias de resina após terminado o processo de trim.  Recomendamos um pacote de 100 unidades de Luvas Descartáveis de Nitrilo pretas, elas são ótimas para cultivo de maconha por não terem pó:

Separe as flores de cannabis dos galhos da planta.

Identifique onde estão as flores de maconha e utilize a tesoura para separá-las do resto da planta, cortando o galho logo abaixo das flores.

A Cultlight recomenda adquirir uma tesoura de poda reta (boa pra remover folhas e podar):

Corte as folhas que crescem ao redor da flor da maconha.

As substâncias terapêuticas da maconha ficam concentradas nas flores da planta, não nas folhas. Por isso, o trimming deve ser feito para retirar esse material, que será aproveitado de outras formas.

Para realizar o trim das suas flores, segure-as delicadamente com uma mão, enquanto com a outra mão, você deve cortar as folhas que crescem ao redor do galho. Não existe uma quantidade correta de quantas folhas você deve cortar, mas é recomendado que você retire todo o material que não está coberto de tricomas, que é a resina onde está concentrada a maior parte dos canabinoides e terpenos.

A Cultlight recomenda adquirir uma tesoura de poda curva (ótima para trimming):

Guarde as folhas de maconha em um saco plástico Zip Lock.

Apesar de não possuírem tantas substâncias terapêuticas quanto as flores, as folhas da cannabis podem ser aproveitadas por meio de técnicas de extração, gerando um produto popularmente conhecido como haxixe. Basta guardar todas as folhas que você cortou dentro de um saco hermético e armazená-lo no freezer.

A melhor ferramenta para preservar suas folhas é um Kit com 100 unidades de Saco Hermético ZipLock – 20x28cm:

Guarde as flores de cannabis dentro do pote de vidro hermético.

Depois da manicure, as flores de cannabis são separadas e depositadas em um recipiente fechado, não devendo preencher mais do que 75% do espaço. Dentro do recipiente, você deve colocar um pacote de Boveda 62% para controlar a umidade do ambiente em que sua erva vai ficar durante o processo de cura, evitando o surgimento de mofo.

Uma vez armazenadas, suas flores de cannabis precisam ficar de repouso por no mínimo 10 dias antes de serem consumidas. Essa técnica é conhecida como cura, e serve para intensificar os efeitos terapêuticos das substâncias presentes na maconha. As flores podem ficar no máximo por 8 meses nesse processo. Além disso, o objetivo aqui é que grande parte da clorofila seja evaporada, uma vez que ela dá aquele gosto de folha verde nas flores, além de incomodar a garganta.

Curar e armazenar flores de cannabis é um passo essencial na preservação desta valiosa planta, maximizando a potência, o sabor e a longevidade da colheita. Você já passou vários meses cultivando sua maconha, desde uma pequena semente até o momento da colheita, então não tenha pressa e faça o processo de cura da maneira correta!

Recomendamos adquirir um Pote de Vidro Hermético de 1000ml:

Recomendamos um Kit com 5 sachês de Boveda Umificador 62%:

Pronto, suas flores de maconha estão prontas para serem consumidas.

Sabemos que o caminho para montar um auto cultivo de cannabis medicinal é longo, requerendo disciplina e atenção diária por parte do cultivador. Mas, se você seguiu todas as dicas que apresentamos ao longo deste guia, você finalmente pode aproveitar sua maconha!

Existem diversas formas de consumir cannabis, sendo as principais a inalação ou a ingestão do óleo feito a partir das flores. Recomendamos que você utilize um cachimbo, conhecido também como pipe, por ser uma das maneiras mais fáceis de inalar cannabis

Dá uma olhada nesse vídeo da Squadafum, uma das maiores produtoras de acessórios para fumar do Brasil, ensinando a utilizar o cachimbo deles!

Conclusão do Guia:

Este foi o “Guia COMPLETO para Cultivar Maconha”, produzido especialmente pela Cultlight para democratizar o acesso responsável à informações relativas ao cultivo de cannabis. Nós acreditamos que o uso de maconha medicinal se tornará cada vez mais comum em um mundo globalizado, mas não vamos ficar parados esperando que alguém tenha a boa vontade de ajudar a comunidade brasileira.

Além desse gigantesco guia, você pode se inscrever para receber o PDF do nosso E-book gratuito! Lá, nós vamos te ensinar tudo que ensinamos aqui, mas você vai poder acessar um conteúdo bem produzido e científico de forma remota e offline.

Se você ainda possui alguma dúvida sobre cultivo de cannabis, por mais simples e básica que pareça ser, não hesite em entrar em contato com a Cultlight, nós faremos o possível para te ajudar ao longo de todo o caminho.

Chama lá!

+55 21 96593-9706

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Um pensamento sobre “Cultivo Indoor de Cannabis: Guia Completo para Cultivar Maconha

  1. Tibúrcio disse:

    Caraca, que post completo! Nunca vi tão detalhado, tão de parabéns. Deus abençoe

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